A caminho do Oscar? Taylor Swift discute ‘All Too Well: The Short Film’ no Festival de Cinema de Toronto

Após checar a viabilidade de ‘All Too Well: The Short Film’ para ser considerado ao Oscar 2023, na categoria Melhor Curta-Metragem (Live Action) Taylor Swift parece bastante empenhada em divulgar a produção.

O projeto, estrelado por Dylan O’Brien e Sadie Sink, serve como parte visual para a versão de 10 minutos da canção ‘All Too Well’ do álbum ‘Red (Taylor’s Version)’, está sendo levado e discutido nos festivais de cinema que tradicionalmente fazem parte do circuito do Oscar.

No último dia 9, Taylor compareceu ao Festival Internacional de Toronto para comentar seu trabalho como diretora, roteirista e produtora do curta. A conversa mediada pelo presidente do evento, Cameron Bailey, teve o foco em seu processo criativo considerando a música pelo ângulo visual, onde ela comentou que se trata “uma extensão natural de sua escrita”

Swift ainda citou que visão como diretora e roteirista foi diretamente influenciada por mulheres da indústria moderna, como Nora Ephron de ‘Harry e Sally – Feitos Um Para o Outro’, Lena Dunham de ‘Girls’, a indicada ao Oscar, Greta Gerwig, de ‘Lady Bird’ (2017) e ‘Adoráveis Mulheres’ (2019), e Chloé Zhao, vencedora do Oscar por ‘Nomadland’ (2020). 

Além disso, ao se referir à narrativa que se assiste entre os personagens principais de ‘All Too Well’, a cantora contou se inspirar por filmes dos anos 70: 

“Na minha mente, houve esse período de tempo nos anos 70 onde começamos a assistir aqueles filmes de romance em que dois personagens estão bonita e intimamente envolvidos até que eles começam a se desalinhar bem na sua frente e você não consegue acreditar; como ‘Nosso Amor de Ontem’ [1973], ‘Love Story – Uma História de Amor’ [1970], ‘Kramer vs. Kramer’ [1979]… Então, esses são os que me vem à mente, porque eu amo esses filmes… [amo esse tipo de filme] que acerta aqueles toques emocionais como esses filmes e me dão um soco no estômago.”

O longa da Netflix ‘História de Um Casamento’, com Scarlett Johansson e Adam Driver no papel de um casal em crise, também foi bastante importante na jornada de construção de ‘All Too Well’, bem como ‘O Souvenir: Parte I e Parte II’, da diretora Joanna Hogg: “Na verdade, eu filmei o curta na época em que assisti ‘O Souvenir: Parte II’ e o fato de ser sobre essa jovem mulher, que passa por um extremo desgosto e desespero até que faça algo… Isso é exatamente o que eu quero ver em um filme”. 

Adam Driver no longa História de Um Casamento

Para além do elemento visual, Taylor comentou que a canção ‘All Too Well’, originalmente lançada em 2012 na primeira versão do álbum ‘Red’, fala de um tópico muito pessoal e, por isso, não houve sequer qualquer chance de pensar em qualquer divulgação visual para a faixa na época.

“A música era tão difícil porque era sobre algo que, na época, era muito atual pra mim. Eu tinha muitas dificuldades para cantá-la […] Tinha que realmente forçar a mim mesma em focar em outras coisas para conseguir passar por ela durante a turnê. Então, não havia nada no mundo que faria ter um elemento visual para essa música naquele tempo. Eu precisei de 10 anos, em retrospecto, para saber o que eu faria para contar uma versão visual dessa história.’

Durante a conversa rodeada por fãs e pelo público, Taylor confirmou a teoria há muito levantada de que o cachecol citado por ela na canção é uma metáfora. Na letra, ela canta ‘Mas algo ali me fez sentir em casa, de alguma forma / E eu deixei o meu cachecol lá, na casa da sua irmã / E você ainda tem na sua gaveta, mesmo agora’. 

A teoria dos fãs é de que o cachecol, que também aparece no filme, é uma metáfora para o fato de Taylor Swift ter perdido a virgindade com Jake Gyllenhaal nessa época. Porém, ela afirmou que diria apenas isso sobre o assunto, sem confirmar ou negar nada. 

Lançado em Novembro de 2021, o curta de 14 minutos teve sua estreia no AMC Lincoln Square, em uma sessão com fãs da cantora, provavelmente para atender ao requisito da Academia para a elegibilidade à uma de suas categorias, que exige o lançamento da produção em uma cinema de Los Angeles, Nova York, Chicago, Miami ou Atlanta com uma exibição por dia durante uma semana. 

Divulgação/Pôster de ‘All Too Well’

Taylor Swift também levou o curta ao Festival de Tribeca, onde reforçou que ‘All Too Well: The Short Film’ não é um videoclipe, mas sim um curta, pois a abordagem pensada para o mesmo é totalmente diferente. 

Segundo o portal Vox, as aparições nos festivais não são, essencialmente, requisitos para a elegibilidade da produção ao Oscar, mas servem para manter ‘All Too Well: The Short Film’ no olho da mídia e dar credibilidade a Swift como diretora. No último dia 13 de Agosto, o Indie Wire noticiou com exclusividade que a cantora havia contratado uma empresa de consultoria para guiar a campanha do curta ao Oscar e cada um desses passos faz parte do trabalho.

Essa, porém, não é a única oportunidade que Taylor tem de aparecer na premiação, já que a canção ‘Carolina’, parte do filme ‘Where the Crawdads Sing’, com Daisy Edgar-Jones está sendo bastante cotada para a categoria de Melhor Canção Original e, além disso, a cantora faz parte do elenco do novo filme de David O. Russel, ‘Amsterdam’, o que deixa clara a vontade de dar outro direcionamento à sua carreira.

Confira:

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