FORMATION! Há 5 anos, Beyoncé abraçava sua herança preta e deixava Estados Unidos em desespero

Foi exatamente nesta mesma data, há cinco anos, que Beyoncé decidia que iria tomar um rumo completamente diferente em sua carreira e colidir de frente com um dos sistemas raciais mais preconceituosos e opressores do mundo, o dos Estados Unidos.

Sem aviso prévio algum, como todos os seus últimos lançamentos, Beyoncé publicou em seu site oficial o single e videoclipe de “Formation”, logo de cara uma carga extraordinária de referências a cultura preta, protestos contra a morte de jovens negros em um violento sistema da polícia americana e definitivamente a união entre Beyoncé e suas raízes africanas.

O single de Beyoncé trouxe fortes e claras referências à violência militar dos Estados Unidos, mensagens como “Parem de atirar em nós” e “Albino Alligators (Jacarés Albinos)“. O protesto foi além, quando Beyoncé trouxe para o SuperBowl 2016 um grupo de composto por mais de 30 mulheres pretas vestidas com coletes de batalha, fazendo fortes referências as “Panteras Negras”, grupo afro-americano composto por homens e mulheres que lutaram na linha de frente pelo direito de pessoas pretas na década de 60.

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O impacto de “Formation” na sociedade supremacista branca dos Estados Unidos foi tão grande, que Beyoncé sofreu tentativa de boicotes, até mesmo por parte da polícia, que protestou contra o single da cantora, mas nada disso foi o suficiente para conter o avanço da cantora e sua sede por reparação histórica. Na época, composição do single contou com vocais de Messy Mya, rapper que foi assassinada a tiros, mas que teve sua voz ecoada por todo o mundo com o famoso bordão “I’m back by popular demand”, além da participação de Big Freedia, uma rapper transgênero que entoou com voz poderosa os trechos “I don’t came to play with you hoes! I came to SLAY bitch!”.

O clipe de “Formation” também não perdeu a chance de retratar a mulher preta como senhoras de engenho e de fazendas, status poderosos que eram aferidos apenas à mulheres brancas na época da escravidão.

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A prova do sucesso e impacto cultural de Beyoncé com “Formation”, foi contemplada com os 30 pr.êmios conquistados pela faixa, se tornando a canção mais premiada da história e a gente fez questão de separar a lista de vitórias que a canção que tacou fogo em racistas gerou:

A-List Award for Best Moving Image Advertising
AICE Award for Best Music Video
ASCAP Rhythm & Soul Award for Award Winning Hip Hop/R&B Song
BET Award for Video of the Year
BET Viewer’s Choice Award
BET Centric Award
Cannes Lion’s Excellence in Music Video
Clio Award for Video of the Year
Cultural Diver Award for Impact on Pop Culture
GRAMMY Award for Best Music Video
Kinsale Shark Award for Best International Music Video
Kinsale Shark Award for Best Directing in an International Music Video
London International Award for Best Music Video
London International Award for Best Direction
MTV Video Music Award for Video of the Year
MTV Video Music Award for Best Pop Video
MTV Video Music Award for Best Direction
MTV Video Music Award for Best Cinematography
MTV Video Music Award for Best Editing
MTV Video Music Award for Best Choreography
Music Society Award for R&B/Soul Recording of the Year
NAACP Image Award for Outstanding Music Video
National Film & Music Award for Video of the Year
One Show Award for Best Music Video
One Show Award for New Trends
Soul Train Award for Video of the Year
Soul Train Award for Song of the Year
UK Music Video Award for Best Styling in a Music Video
WatsUp Africa Music Video Award for Best International Video
Webby Award’s People’s Voice Award

Culturalmente falando, “Formation” teve um papel tão grande que se tornou até mesmo uma sátira no talk show noturno, o Saturday Night Live, “The Day Beyoncé Turned Black“. A sátira ironiza pessoas brancas que entram em desespero após “descobrirem” que Beyoncé é uma artista negra. Com a descoberta, a economia e a sanidade da sociedade branca americana ficam ameaças. Em uma das cenas um dos atores diz “Hot sauce in my bag, swag??? Eu acho que essa música não foi feita pra nós” enquanto a outra atriz, branca, responde “Mas geralmente tudo é!”, em tom de desespero.

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