A Astralplane lança essa semana o single “A-Calma”, pelo selo e produtora Cavaca Records. A canção surge após o lançamento do single “PassaTempo”, e desponta como parte do processo produtivo do grupo soteropolitano nesse período pandêmico. O tema foi concebido através de diversos estudos elaborados pela banda dentro desse momento de isolamento. A tônica da música gira em torno da beleza que existe no verão, tendo um enfoque maior no diálogo entre o resplendor do sol com a água do mar. Teletransporta o ouvinte para um instante da existência de perfeita comunhão entre o ser e a natureza. É a abundância do sal marítimo, refletido pela luz solar, que energiza e revigora o corpo.
“A-Calma” mostra uma Astralplane mais amadurecida musicalmente, navegando por novos mares, em busca de novas parcerias. O tema carrega consigo as participações, mais que especiais, da cantora Illy (que soma parcerias de peso com nomes como Silva, Baco Exu do Blues, Chico César e Arnaldo Antunes) e do rapper DICERQUEIRA (Afrobapho), ambos também baianos.
Além disso, carrega uma estrofe narrada (sampleada) pelo poeta e escritor Ferreira Gullar, que margeia a ideia da canção. Essa é a segunda música que o quarteto baiano realiza em conjunto com um artista, desde o single “Desmancho”, com o rapper Hiran, para o disco “Galinheiro” (2020).
Como fruto desse processo criativo, “A-Calma” surge marcada pela presença de batidas eletrônicas, fortemente influenciadas pelo Trip Hop, segue um andamento mais lento, quase que levando o ouvinte para uma transição gradual entre a areia e o mar.
“O pôr do sol, acalma.” A faixa se encerra com o barulho das águas, envoltos da sutil e nostálgica voz, da intérprete Illy, acompanhada pelo pontual violão de nylon, de Sávio Magalhães. É o encontro entre o novo e o ancestral: a referência da Bahia antiga associada à, atemporal, riqueza da estação mais quente do ano, com a abordagem mais contemporânea da música popular vigente.
A arte da capa foi produzida pelo artista visual Daniel Ferro e busca trazer a comunicação entre os seres e o infinito, buscando uma atmosfera que parece isolar o coletivo, de todos os dilemas da vida, em uma ilha particular; como se houvesse uma comunicação, quase que mental, entre essa conexão e o momento.