“Mês da História Negra é um insulto”: Morgan Freeman reflete sobre representatividade racial, veja detalhes

Em recente entrevista, Morgan Freeman voltou a refletir seu ponto de vista sobre o racismo na indústria do entretenimento e na sociedade.

Em nova entrevista ao The Sunday Times, o vencedor do Oscar, Morgan Freeman, refletiu sobre o início de sua carreira durante o movimento por direitos civis nos Estados Unidos e porque considera um “insulto” que exista um mês em celebração à História Negra. 

Publicada no último sábado, na publicação, o ator credita a possibilidade de se tornar ator a um pouco de sorte e coragem, bem como às mudanças na América quando emergiu na cena artística. 

“Quando eu estava crescendo, não havia “eu” nos filmes. Se houvesse um homem negro em um filme, ele era engraçado. Até que Sidney Poitier surgiu e deu às pessoas jovens, como eu, a ideia de ‘Ok, sim, você pode fazer isso’”

Vencedor do Oscar por seu papel em ‘Million Dollar Baby’ de 2005, o último filme de Freeman é ‘A Good Person’, que estreou este ano, onde aparece ao lado de Florence Pugh

Ao longo de sua carreira de décadas, o ator refletiu sobre seu ponto de vista em relação à indústria do cinema e à sociedade. 

Questionado sobre uma famosa entrevista à CBS, em 2005, onde disse que era necessário para de dialogar sobre racismo para combatê-lo, ele respondeu: “Duas coisas que eu posso dizer publicamente que não gosto: Mês da História Negra é um insulto. Você vai relegar minha história a um mês?”

Ele continua: “E também, [a palavra] ‘afro-americano’ é um insulto. Eu não assino este título. Pessoas negras tiveram diferentes nomenclaturas ao longo do tempo desde a palavra com ‘N’ e eu não sei como essas coisas obtém tal apoio, mas todo mundo usa ‘afro-americano’. O que isso realmente significa? A maioria das pessoas negras dessa parte do mundo são mestiços. E você fala da África como se fosse um país quando é um continente, como a Europa.”. 

Freeman complementa que as pessoas estão acostumadas a falar de americanos irlandeses e ítalo-americanos, mas não “euro-americanos”. 

Ainda, ele finalizou que, apesar de ainda existir lutas em nome da representatividade, viu mudanças acontecerem na indústria do entretenimento: “Todas as pessoas estão envolvidas agora. Todo mundo. LGBTQ. Asiáticos, negros, brancos, casamento interracial, relações interraciais. Tudo representado. Você vê todos eles na tela agora e este foi um grande salto”

Nos Estados Unidos, o Mês da História Negra é celebrado em Fevereiro.

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