Tuca Oliveira nos conta sua trajetória no clipe de “Esse Momento”; assista e confira a entrevista

Direto de Muzambinho, em Minas Gerais, Tuca Oliveira nos leva em uma viagem de trem até a Estação da Luz, São Paulo. No clipe de “Esse Momento“, o intérprete relembra sua trajetória em sua terra natal até os shows de sua mais recente turnê, que viaja o Brasil e já encantou cidades como São Paulo, Fortaleza e Belo Horizonte.

Diretor de outras superproduções do projeto, Carlos Franco é o responsável por assinar a criação da obra, que conta com um tom sublime e visual simples, trazendo o contraste entre a correria do dia a dia e a vida no campo. O videoclipe traz um retrato visual da simplicidade, trazendo o amor de uma forma leve.  

“Acho que o clipe, para além do significado da canção – que trata de um amor que se inicia de forma afetuosa e leve – traz uma perspectiva um tanto autobiográfica minha também. Digo isso porque o roteiro pode também representar minha saída do interior rumo à cidade grande em busca de oportunidades na música”, explica Tuca.  

No roteiro, eu saio do interior de Minas rumo a São Paulo e faço isso de trem. Então, gravamos numa antiga estação que fica no meu município, em um povoado chamado Palmeia. Ela está desativada há décadas, mas no clipe é como se ela funcionasse e a partir dela eu seguisse até a Estação da Luz em São Paulo“, acrescenta. 

(Foto: Divulgação/Reprodução)

Álbum “Esse Momento”

Lançado em abril deste ano, o álbum “Esse Momento” traz os últimos lançamentos de Tuca, entre eles, “Com Você“, “Ela Faz Yoga“, “Zamira” e “Eu Sou do Interior“. Com dez faixas e aproximadamente 40 minutos de duração, a produção é assinada por Cupertino, acompanhada do próprio artista.

“Esse disco nasceu da parceria de trabalho com grandes amigos e profissionais. Começamos a pensar no projeto logo após o encerramento da turnê ‘As Flores do Começo’, que passou por 10 capitais e o interior de Minas (minha região). Depois dos shows, quando eu ia autografar CDs, tirar fotos e cumprimentar as pessoas, o público sempre se manifestava perguntando quando eu lançaria o próximo álbum. Foi ali que surgiu a ideia de lançar um álbum completo, e não alguns singles avulsos, como tem sido habitualmente feito por boa parte dos artistas da minha geração”, explica.

Impulsionado, principalmente, pelo amor, o novo álbum do artista marca mais um episódio importante em sua carreira. Junto a ele, Tuca apresenta o retorno aos palcos brasileiros com shows em diversas capitais do país.  

A estreia foi linda! Fiquei muito feliz de retornar aos palcos e ser tão bem recebido em São Paulo depois de 3 anos sem tocar na cidade. Foi muito bom ver o teatro cheio, com as pessoas cantando as músicas dos meus dois álbuns comigo. Essa é, sem dúvida, uma das coisas mais gratificantes para um compositor“, revela o artista.

Conversamos com Tuca

Tuca, na entrevista de lançamento do disco “Esse Momento”, você fala sobre as pessoas te perguntarem sobre seu próximo álbum. No Brasil e no mundo, artistas e gravadoras apostam cada vez mais em singles digitais, especialmente na era do TikTok. Como você relaciona isso ao seu mundo da música, da composição, da produção, e por quê você acha a conclusão de um álbum é importante? 

Quando fiz a primeira turnê, em 2019, eu percebi uma coisa muito curiosa nos shows. As pessoas sempre me perguntavam assim: ‘Tuca quando é que você vai lançar um novo álbum?’Quase ninguém perguntava por singles. Então me deu um pouco essa impressão de que o público que acompanha meu trabalho gosta mais dessa ideia de um álbum, sabe? De sentar com calma e ouvir todas as músicas, uma após a outra. Foi aí que eu tive a ideia de realmente fazer o “Esse Momento”. Isso que você comentou é muito interessante, né? De que artistas e gravadores acabam apostando cada vez mais em singles. Isso realmente acontece, mas o fato de eu ser um artista independente, de não ter uma gravadora e uma grande estrutura por trás, faz com que seja um pouco diferente a minha caminhada. As pessoas vão descobrindo as músicas e compartilham, mostram pros amigos e e assim o trabalho vai se espalhando.
Eu tô muito feliz com a conclusão desse álbum, que é feito muito por pessoas próximas, que gostam do trabalho, que muitas vezes vestem a camisa e e estão ali ajudando e fazendo tudo acontecer”

Sem sombra de dúvidas, na audição do disco, nossa preferida é “Zamira”, acredito de não só de nós, mas de muita gente. Por quê você acha que tanta gente se identifica com uma letra tão pessoal como essa, inclusive, inteiramente escrita por você? 

“É uma música que eu fiz pra minha avó que já partiu e que, por isso, sempre me emociona muito. Embora leve o nome dela, a letra não a cita diretamente. E as pessoas ouvem e levam paras as suas próprias vivências. Isso é o mais bonito de tudo, a grande alegria para o compositor, que é ver a sua música ganhando outras interpretações… fazendo parte da vida de outras pessoas e de forma peculiar pra cada uma dessas pessoas”.

Ouvindo o disco, não precisa ser um especialista para entender que você nos apresenta um universo, com começo, meio e fim. É um projeto que tem a sua mão – literalmente – em cada detalhe. Em algum momento, durante o processo de criação, ou até depois dele, você sentiu algum “medo” por estar compartilhando seus sentimentos dessa maneira? 

“Eu acho que eu senti isso um pouco mais lá no começo, quando eu tava começando a compor as músicas, ali por volta dos quinze, dezesseis anos. Ali eu tinha um pouco de receio às vezes, sabe? Mas hoje em dia eu sou mais tranquilo quanto a isso. Até porque não necessariamente todas as músicas vem de situações que eu vivi. A fonte da inspiração muitas vezes vem da observação das vivências de outras pessoas a minha volta. Às vezes vem da literatura, vem do cinema. Mas acho que rola sim uma certa apreensão. Mas é mais pra saber qual será a reação das pessoas. Acho que isso é algo que todo artista sente diante de um lançamento.”

Pra gente fechar, vamos falar um pouquinho sobre sua turnê. São Paulo, no Teatro Viradalata; Fortaleza, Teatro São José; Belo Horizonte, Sala Juvenal Dias – Palácio das Artes são algumas das cidades que já receberam suas apresentações. Dá pra tentar explicar, ou até mesmo resumir, a sensação de ver tanta gente cantando tudo que você escreveu?

“Bom, e sobre a turnê, essa é minha segunda turnê nacional, a primeira foi em 2019 com o álbum “As Flores do Começo”. Agora em 2022 eu estou fazendo essa segunda turnê, está sendo muito emocionante porque como eu já disse eu sou um artista independente, então o crescimento da carreira ele se dá de uma forma um pouco diferente. É um pouco mais lento, é uma construção. A cada lançamento é uma grande conquista, né? A cada clipe é uma grande conquista. E aos poucos esse público vai crescendo, as pessoas vão conhecendo, falam pros amigos, né? No ano passado, por exemplo, eu tive uma canção que chegou numa grande rádio de projeção nacional, isso foi incrível. Aos poucos as pessoas vão conhecendo. No show de Belo Horizonte eu tive a honra de ter um ídolo pra mim lá, que é o Flávio Venturini, por exemplo. Então aos poucos as canções elas vão chegando as pessoas, né? Eu tô muito feliz de fazer essa turnê, de ver que o público vem aumentando a cada turnê e cada vez mais as pessoas cantando as músicas, tantas canções do álbum anterior, como desse álbum. Então, é uma sensação, assim, maravilhosa de perceber mesmo as músicas fazendo parte da vida das outras pessoas. Em BH mesmo que eu tive nessa semana teve um pedido de namoro, por exemplo, no meio do show, sabe? Então isso é muito gratificante, né? Cada vez que eu vejo um vídeo de alguém cantando a música, as músicas elas entram muito em casamentos, por exemplo, isso é realmente maravilhoso e uma sensação indescritível assim pra mim como compositor, como autor, né? Vendo essas músicas fazendo parte da vida de outras pessoas”.

Com o sucesso de “Esse Momento”, Tuca Oliveira agora segue em turnê nacional para a divulgação do projeto. Abaixo você confere as próximas datas:

Agenda da tour “Esse Momento”

08/04 – São Paulo (Teatro Viradalata);

20/05 – Fortaleza (Teatro São José);

04/06 – Belo Horizonte (Sala Juvenal Dias – Palácio das Artes);

10/06 – Manaus (Foyer do Teatro Manauara);

25/06 – Alpinópolis/MG (Praça do Rosário – show com banda no 1 Festival Cantos da Mineiridade);

21/07 – Rio de Janeiro (Teatro Ipanema);

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