Abayomy feat Orlando Julius lançam ADARÁ

Brasil e África estão profundamente conectados musicalmente, e não apenas pelo samba, maracatu, blocos afro ou pela música religiosa afro-brasileira. Músicos brasileiros estão constantemente buscando referência no continente, enquanto o interesse do outro lado do Atlântico pela nossa música também não é pequeno.

É nesse clima de intercâmbio musical e espiritualidade que surge a parceria inédita entre a banda Abayomy e o ícone da música nigeriana, Orlando Julius, acompanhado de Latoya Ekemode, dançarina e dona de uma potente e impressionante voz negra, criando um caldeirão sonoro eletrizante entre Nigéria e Brasil.  

Atendendo pelo nome de ADARÁ, a faixa que é resultado dessa harmoniosa parceria, nada mais é que uma prece de fortuna e boas vibrações. Super bem vinda neste período complexo como o que estamos vivendo, ADARÁ é uma verdadeira benção, um convite para nos conectarmos com orixás, entidades do bem ou, simplesmente, energia positiva, abrindo o terreno para novos e melhores tempos.“ Asé, Asé” ! , que numa interpretação livre seria um apelo pelas bênçãos de Deus. 

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Composta originalmente por Orlando Julius em 1984, ADARÁ é fruto de uma releitura da banda Abayomy, também responsável pela direção musical do projeto, com adaptações na letra em português para a mensagem ser compreendida no Brasil. Carregada de simbolismos, a música, que surpreendentemente resulta numa estética disco highlife,  nos remete ao berço da humanidade, a um renascimento banhado em muita luz solar e cores vibrantes, num retrato de África que todos temos, em diferentes medidas, profundamente arraigados em nossa memória cultural.

Numa viagem guiada pela forte batida dos tambores e por vozes poderosas, Adará, em Yorubá, vai ser bom, invoca todas as energias para somar a força que existe em cada um de nós, uma força individual e coletiva, resultando numa festa abençoada pela fé. 

Entre essas vozes e energias individuais, vale destacar a presença de Latoya Ekemode, que também assina a direção artística do projeto, cuja participação no coro feminino invoca as ancestralidades e os orixás para somar força na luta pela liberdade feminina e igualdade de gênero.

Dentro deste contexto, cabe destacar que, menos populares no Brasil, mas extremamente populares na África Ocidental, em particular na Nigéria, os  diálogos com as entidades orixás, tal como revelado pela canção, fazem parte do cotidiano das pessoas, trazendo um importante componente cultural para a faixa que propicia, assim, várias leituras e diferentes formas de aproximação com a música, além, claro, de puro e delicioso entretenimento para o corpo e a alma. 

E é  em meio a essa atmosfera de festa, fé e muita troca cultural que acontece o processo de gravação do novo single que precede  uma sequência de lançamentos digitais que sairão em 2021 firmando a banda na nova cena da música autoral do mundo .

O lançamento acontecerá através do Selo Brasileiro, Amplifica Records, no Brasil e na Europa. Assista aqui!

O ENCONTRO

Tudo começou em 2018, através da visão do produtor alemão Heikki Eiden* e Thabata Fonseca* brasileira que, durante uma performance da banda Abayomy, num festival em Brasília, perceberam a conexão do grupo com o trabalho de Orlando Julius, iniciando, assim, um diálogo sobre uma possível colaboração entre ambos. 

O encontro finalmente se deu em novembro de 2019, durante a passagem de Orlando Julius pelo Brasil para o Festival Jazz na Fábrica do SESC Pompeia via  agência Eiden Music. Com a confirmação da passagem do ícone nigeriano pelo Brasil, a banda  convidou Orlando para ser uma das atrações no seu já tradicional “Fela Day 10 anos” no Circo Voador, evento organizado pela produtora cultural Thabata Fonseca, também manager da banda Abayomy. O encontro contou ainda com Di Melo, Doralice, Bia Ferreira,Thiago Elniño e Samuca e a Selva. 

Orlando Julius e Latoya Ekemode estenderam sua estadia no Brasil para fazer uma imersão na cultura brasileira e difundir um pouco mais da Nigéria para os músicos da banda Abayomy. O resultado foi um intercâmbio mais que musical, extraordinariamente espiritual.   

*Radicado no Rio de Janeiro, Heikki Eiden é  uma das principais referências na internacionalização de carreiras de bandas brasileiras e africanas, responsável, entre outros, pelo sucesso de Dona Onete, Bixiga 70, BaianaSystem, Karol Conka, Rincon Sapiência, Ebo Taylor, Pat Thomas e Orlando Julius. 

*Radicada em Bangkok, Thabata Da Fonseca é uma das principais  referências na internacionalização da carreira de artistas da nova geração da música brasileira e música do mundo. Responsável, entre outros, pelo sucesso de Luedji Luna, Di Melo, Banda Black Rio, Saulo Duarte, Ayom e o francês Nicola Són, a mexicana Casa Verde Colectivo, na Europa a cubana Irina Gonzalez e  o ganês Nioo, atua, ainda, na difusão de artistas internacionais no Brasil, representando lendas como Bonga, Ebo Taylor, Les Amazon D’Afrique, Nouvelle Vague, Santrofi e Orlando Julius.    

A Música

Nos comprometemos com Oya

Nos coroe com o seu sucesso Oduduá

Pra Oxum também vamos cantar pois só ela pode frutificar

Contamos também com Orunmilá 

Elegbará pra nos coroar

Pra Olokun e Ogum vamos rezar

Pro nosso caminho sempre brilhar

Sob a coroa de Obatalá

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