Rafaella lança double “Choro digital” e “False Memories”

Desde seu primeiro lançamento em março, a cantora e compositora Rafaella já mostrou a que veio. Extensão vocal, autenticidade e uma ficha técnica dos sonhos – incluindo a participação de João Donato – entregaram seu cartão de visitas. Agora, a artista carioca de 19 anos, disponibiliza o segundo double do seu álbum de estreia. “Choro digital” e “False Memories” chegam hoje através da Believe, comprovando o talento que Rafaella esbanja com seriedade, verso a verso, nota a nota.

As faixas foram produzidas por Marlon Sette e gravada no Estúdio Rocinante. O violão de Davi Moraes, baixos de Guto Wirtti e Alberto Continentino, bateria de Mac Willian Caetano, programação de Pepê Monnerat e sopros de Diogo Gomes, e do próprio Marlon, azeitam a base para Rafaella dar seu show. 

“Choro digital” mistura saudades, raiva, medo, vazio e falta de esperança. Fala da vontade de aglomerar, da angústia e da irritação do eu lírico consigo mesmo. 

Na hora do desenho musical, Rafaella buscou traduzir essas emoções em diferentes trechos. “Um coro que pra mim é quase um grito por ajuda. Um início melancólico, um meio raivoso, um refrão saudosista e um final meio caótico. E as transições são propositalmente meio abruptas por que também quis ser verdadeira no sentido de que, as minhas mudanças de emoções na quarentena e provavelmente de muitas outras pessoas, tem sido bem intensas”, revela a cantora. 

Já em “False Memories” criada nos tempos de Ensino Médio, Rafaella sente falta do passado, ao mesmo tempo que questiona o motivo dele ser sempre tão romantizado. A música funciona como indagação sobre a visão automática que temos com o que já passou. “De fato eu vivi coisas muito legais, mas ao mesmo tempo vivi muita ansiedade e outras coisas que não foram registradas. Ou seja, assim como agora  eu estava vivendo muitas experiências boas e ruins. Mas como, naturalmente, documentamos muito mais o lado “positivo” da vida, se não formos cuidadosos, acabamos magnificando essa ode fantasiosa ao passado, sempre insatisfeitos com o presente”, alerta. 

Segundo ela, o álbum segue sendo lançado em doubles, com músicas em inglês e português para expressar sua afinidade por opostos. “Ao juntar duas músicas que eu acredito que tenham afinidade no assunto, mas que o fazem de maneiras diferentes e mostrando perspectivas distintas, sinto que elas se beneficiam. Assim consigo expor mais o que cada um desses sentimentos que eu escrevo significam pra mim”, explica.

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