Linda Evangelista posa para a Vogue, anos depois de procedimento mal sucedido; saiba detalhes

Em Setembro do ano passado, Linda Evangelista foi ao Instagram, em uma rara ocasião, para detalhar o processo judicial que movia contra a Zeltiq Aesthetics, clínica de estética responsável por um procedimento, que causou a deformação de seu rosto.

A cirurgia plástica feita pela modelo canadense há sete anos tinha como intuito diminuir a intensidade de crescimento das células de gordura a partir do congelamento a cada sessão. Porém, ela teve uma reação rara à criolipólise, que pode afetar até 0.39% das pessoas que se submetem ao método. Invés do resultado esperado, as células de gordura da região do rosto e pescoço aumentaram a ponto de deixar sua aparência bem diferente do que se conhecia. 

Agora, depois de anos afastada da indústria da moda e das capas de revista, Linda Evangelista voltou a ser capa da edição de setembro da revista Vogue britânica

O momento ocorre logo após o fim do processo judicial em decorrência de um acordo entre a clínica estética e a modelo, que pedia US $50 milhões em verbas indenizatórias – embora não se saiba qual o valor final acordado. 

Fotografada por Steven Meisel, Linda disse à Vogue que não poderia viver naquela dor por muito mais tempo, então fez a escolha de contar sua verdade, o que envolveu mostrar sua aparência, pela primeira vez, depois de anos se escondendo – literalmente. 

Na entrevista, Linda foi bastante sincera sobre o período difícil que viveu. Depois da cirurgia mal sucedida, a modelo tentou dois outros procedimentos para correção, mas seu rosto não diminuiu e ela ainda se sentia irreconhecível, chegando ao ponto de parar de beber apenas água ou comer uma maçã por dia. 

Foi o pico de sua depressão, uma vez que só saia de casa para levar e buscar o filho na escola, o qual chegou a questionar sobre o motivo de a mãe não trabalhar enquanto as modelos de sua época continuam sendo bastante celebradas na mídia. 

Com o processo encerrado, Linda, que recentemente também apareceu em uma campanha para a marca Fendi, está relutante em considerar este um ‘comeback’ de verdade, segundo a Vogue. Utilizando uma direção criativa e um styling que cobriram seu pescoço e seu corpo, a modelo admite que está usando fita adesiva e elástico para prender a pele, afirmando que o que está ali não são seu queixo e pescoço da vida real e, embora as fotos consigam resolver isso, não consegue se ver fazendo ensaios sem retoques ou truques. 

Como milhares de mulheres e por um motivo potencializado pelo trabalho diretamente dependente de sua aparência e a exigência de estar sempre perfeita, além de ser atingida por propagandas, inclusive da empresa que fez seu procedimento, que minavam sua autoconfiança, ainda que não houvesse muito o que corrigir, Linda conta que o tiro saiu pela culatra. 

Retomar a segurança de antes faz parte de um processo que está sendo feito com calma, uma vez que Linda ainda não consegue se olhar no espelho ou deixar que alguém a toque. Apesar disso, a modelo vem sendo bastante celebrada por sua coragem em contar sua realidade, depois de tanto tempo. 

Linda Evangelista alcançou seu auge como modelo no início dos anos 90. Uma das queridinhas de Karl Lagerfeld, poderoso diretor-criativo da Chanel na época, a modelo foi uma das primeiras a fazer a transição das campanhas fotográficas para as passarelas graças à Gianni Versace, até então indústrias separadas, segundo a Vogue. 

Sua relação com ambas as marcas foi marcante e duradoura, na medida que se agregavam reciprocamente. Foi na mesma época que, ao lado de Naomi Campbell, Christy Turlington, Cindy Crawford e Claudia Schiffer, deu significado de peso ao termo ‘supermodelo’, uma vez que se tornaram verdadeiras estrelas ao furar a bolha da moda e influenciar outros nichos, como a música.

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