A Corte de Apelações de Nova York concedeu uma grande vitória à Kesha nesta terça-feira, 13.
Desde 2014, o produtor, Dr. Luke, alega em processo que a cantora utilizou as acusações descritas como “falsas e chocantes” de que ele teria a drogado e estuprado após uma festa em 2005 para difamá-lo e conseguir um acordo mais lucrativo.
No entanto, no julgamento mais recente sobre o caso, o tribunal entendeu que Luke é uma “figura pública”, por definição, o que significa que ele deverá provar que Kesha agiu com “verdadeira malícia” ao fazer as acusações ao produtor.
“Em 2014, quando Gottwald [Dr. Luke] iniciou sua ação de difamação, ele era, por sua própria conta, uma celebridade – um aclamado produtor, que alcançou enorme sucesso em uma carreira de destaque. Propositalmente, ele buscou a atenção da mídia para si mesmo, seu negócio e para os artistas que representava, incluindo Sebert [Kesha], para promover esses interesses comerciais”, cita trecho da decisão.
O julgamento favorável a Kesha dificulta o resultado para Dr. Luke no processo principal de difamação no processo mês, uma vez que, precisará provar que a cantora fez uma falsa acusação ou que agiu com “desrespeito imprudente” com a verdade – uma regra criada pela Suprema Corte americana em 1964.
Essa não foi a única vitória para a voz de ‘Tik Tok’ no dia de hoje. A Corte de Apelações também decidiu que a chamada lei “anti-SLAPP”, recentemente promulgada no Estado de Nova York, se aplica ao caso de Dr. Luke, o que significa que, se Kesha vencer o processo de difamação, poderá pedir que o produtor arque com os gastos legais dela.
Após oito anos e meio, a batalha judicial entre Kesha e Dr. Luke deve ter fim em 19 de Julho deste ano, data para quando o julgamento da ação de difamação movida pelo produtor foi marcada.
