Taylor Swift detalha sua luta contra transtorno alimentar; entenda

Em recente entrevista à revista Variety, Taylor Swift comentou sobre sua luta contra seu transtorno alimentar, o assunto também foi abordado no documentário “Miss Americana”, que estreou ontem (23) no festival Sundance.

No documentário há uma montagem contendo vários comentários depreciativos que apareceram enquanto a cantora se apresentava em vários programas, como “Ela é muito magra. Isso me incomoda”. Em seguida, Taylor explica por vários minutos sobre ter lutado no passado contra um transtorno alimentar.

Depois de ser fotografada diante vários fotógrafos, Taylor narra “não é bom pra mim ver fotos minhas todos os dias”. Embora ela diga que “isso só aconteceu algumas vezes e eu não me orgulho”, Taylor admite que houveram momentos no passado que viu uma foto em que parecia que sua barriga estava grande demais, ou alguém disse que ela parecia grávida e isso foi um gatilho para que ela passasse fome e parasse de comer.

A intérprete de “Lover” disse que foi difícil comentar esse ponto no documentário: “Eu não sabia se me sentiria confortável em falar sobre meu corpo e sobre as coisas pelas quais passei em termos de quão prejudiciais isso tem sido pra mim – meu relacionamento com a comida e tudo isso ao longo dos anos. Mas a maneira que Lana (Wilson, diretora do filme) conta a história ela realmente faz sentido. Não sou articulada o bastante quanto deveria sobre esse tópico porque há muitas pessoas que poderiam falar sobre isso de uma maneira melhor. Mas tudo que sei é minha própria experiência. E meu relacionamento com a comida era exatamente a mesma psicologia que eu aplicava a todo o resto da minha vida: Se eu desse um tapinha na cabeça, eu a registrava como boa. Se eu recebi uma punição, registrava isso como ruim”.

A cantora ainda lembra sobre o efeito que um dos tabloides de notícias fez nela: “lembro que aos dezoito anos foi a primeira vez que estive em uma capa de revista e a manchete dizia ‘Grávida aos 18 anos?’ e era porque eu usei algo que fez com que meu estômago não parecesse chapado. Então eu registrei isso como um castigo”. Ela continua “então depois entrei num ensaio fotográfico e alguém que trabalhava na revista dizia pra mim no provador ‘uau, isso é tão incrível que você consegue se encaixar em qualquer peça de roupa. Geralmente temos que fazer alterações nos vestidos, mas podemos tirá-los direto da passarela para você!’ e eu levei isso como um tapa na minha cabeça. Você registra isso o suficiente e começa a acomodar tudo em relação a elogios e punições, incluindo seu próprio corpo.”

Taylor ainda hesita: “acho que nunca quis falar sobre isso antes e estou muito desconfortável falando sobre isso agora. Mas no contexto de todas as outras coisas que eu estava fazendo ou não na vida, acho que faz sentido ter no filme”.

Lana Wilson, a diretora do documentário, se orgulha pela Taylor abordar o assunto com tanta sinceridade: “essa é uma das minhas sequências favoritas do filme. Fiquei surpresa, é claro. Mas eu aprecio como ela pensa sobre isso. E toda mulher se verá nessa sequência. Não tenho dúvidas.” Lana ainda conta que Taylor passou por isso na época em que seu álbum “1989” foi lançado. Por conta do transtorno alimentar e de como os comentários negativos a afetou, ela parou de comer. “Eu sentia que poderia desmaiar no final ou no meio do show. Agora percebo que não, se você come, tem energia, fica mais forte, pode fazer todos esses shows e não se sente mal”.

Atualmente, Taylor diz que não se importa tanto com os comentários sobre o ganho de peso.

Você poderá ver mais detalhes no documentário “Miss Americana”, que estreia dia 31 de janeiro na plataforma de streaming da Netflix.

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