A famosa e conceituada revista Billboard publicou um artigo que alegrou muitos Katycats e deixou muita gente pensando sobre o último álbum da Katy Perry, nele a revista cita motivos e destaca fatos que não foram reparados e levados em conta em relação ao álbum da cantora lançado em outubro de 2013, o artigo mostra uma análise profunda sobre o projeto e os feitos conseguidos por Katy nessa era tão polêmica da sua carreira.
Confira abaixo a matéria traduzida da Billboard:
“Estamos apreciando Katy Perry o suficiente?
É uma pergunta estranha para se fazer me Janeiro de 2015, quando Katy Perry é uma estrela do pop massiva, mais uma vez indicada ao Grammy e lotando arenas. Ela está prestes a se apresentar no Super Bowl, a maior plataforma musical do mundo. Ela está em todo lugar, e essa ubiquidade nem sempre se iguala a admiração. Mas o sucesso de seu último álbum “PRISM”, implora por respeito, até mesmo por aqueles que nunca se consideraram Katycats.
Estamos perto do fim da corrida promocional do seu terceiro álbum na Capitol Records, “PRISM” que foi lançado em 2013: depois do Super Bowl no dia primeiro de Fevereiro, Perry se apresentará nas últimas legs da sua turnê Prismatic Tour na Europa, com sua última data em 22 de Março. Talvez exista outro single do álbum, ou não, e o quinto single “This Is How We Do“, que entrou o Top 40 no final de Setembro é o último, mas é mais provável que Perry já esteja pronta para encerrar este capítulo depois de 18 longos meses de promoção. “PRISM” será lembrado precisamente por gerar dois smash hits, “Roar” e “Dark Horse”, mas mesmo assim, a última corrida de Perry foi tão impressionante quanto o recordista de 2010, “Teenage Dream“. De certa forma, ela até superou aquela marca tão alta.
“Teenage Dream” é famoso por se tornar o primeiro álbum desde “Bad” de Michael Jackson (1987) a conquistar cinco músicas em primeiro lugar; nenhum outro álbum além desses dois ganharam esta honra. Seguindo o sucesso de singles como “I Kissed a Girl” e “Hot N Cold” de seu álbum de estreia “One Of The Boys“, Perry lançou a musica do verão, a mega-chiclete “California Gurls”, depois atingiu mais casas com “Teenage Dream”, inspirou com “Firework”, se transformou com “E.T.” e se divertiu com “Last Friday Night”. Foi uma corrida inacreditável que deu a Perry uma indicação à Álbum do Ano no Grammy daquele ano; gerou um (ótimo e divertido) documentário, “Katy Perry: Part Of Me”, e uma edição deluxe que gerou mais dois smash hits, “Part Of Me” e “Wide Awake”; e por todas as intenções e propósitos, transformou Perry em uma superestrela.
Então como Katy superou esse sucesso comercial? Ela não superou. Ninguém poderia. Novamente, “Teenage Dream” é apenas o segundo álbum em todos os tempos a produzir cinco músicas em primeiro lugar; é essencialmente uma conquista de uma vida inteira. Se ninguém mais consegue, porque Perry teria que conseguir duas vezes?
Com isso em mente, “PRISM” chegou bem mais perto de duplicar aquele sucesso do que Katy (ou qualquer um) poderia querer. Considere aperformance nos charts dos cinco singles:
“Roar”, #1
“Unconditionally”, #14
“Dark Horse”, #1
“Birthday”, #17
“This Is How We Do”, #24
Um total de 4 hits Top 20, e dois hits #1. (O single promocional “Walking On Air” também apareceu na Billboard Hot 100 na posição #34, mas nunca foi oficialmente lançado nas rádios).
Então, “PRISM” não dominou o universo pop como “Teenage Dream” fez – mas é realmente justo comparar um álbum que definiu uma carreira com seu sucessor? Já que o desempenho do “Teenage Dream” foi contrastado com o álbum “Bad” de Michael Jackson, vamos comparar o “PRISM” com o sucessor de Michael, “Dangerous” de 1991. Aqui está o desempenho dos singles de “Dangerous” na Billboard Hot 100:
“Black or White”, #1
“Remember the Time”, #3
“In the Closet”, #6
“Jam”, #26
“Heal the World”, #27
“Who Is It”, #14
É um começo similar ao de Perry, alguns hits que não que definem uma carreira (“In The Closet” é o equivalente a “Birthday”, etc). E alguns tiros fora do alvo que não conseguiram entrar no Top 20. É doido pensar que Perry seguiu o sucesso de Michael Jackson em múltiplos álbuns – no comando do Teenage Dream, e depois no grande-mas-não-enorme sucesso do “PRISM“.
“PRISM” mudou o som amigável ás rádios de Perry pouco, e menos que Michael, que se transformou em inúmeros formatos novos. Por outro lado, Perry conquistou seu maior hit até hoje com o Prism: “Dark Horse”, musicalmente uma das músicas mais estranhas em seu repertório, com a participação de Juicy J, que inicialmente nem estava planejada para se tornar um single. A música passou 57 semanas nos charts da Hot 100, um número que apenas outras 22 músicas conseguiram igualar. Enquanto isso, o vídeo de “Dark Horse“, caminha para se tornar o vídeo feminino mais visto de todos os tempos, com 790 milhões de visualizações até agora.
Para a gravadora Capitol Records, era tudo sobre controlar as expectativas com o “PRISM” – aceitar o fato que ele nunca iria superar o sucesso do “Teenage Dream“, é mais fácil se sentir vitorioso se sequer chegarmos perto daquele álbum.
“Nós não pensamos que poderíamos duplicar o “Teenage Dream,” isso seria tipo dizer, vou pintar outra Monalisa”, diz Greg Thompson, CEO da Capitol Music Group. “O interessante é que se você olhar o “PRISM” comparado ao “Teenage Dream” em seus respectivos primeiros anos, “PRISM” manteve as vendas do “Teenage Dream” [1.5 milhões vs. 1.7 milhões nas primeiras 52 semanas de ambos]. Levando em consideração que o mercado só caí e mesmo assim Perry vendeu essencialmente a mesma coisa no mesmo período de tempo diz bastante sobre a evolução de Katy como artista, e sua habilidade de vender álbuns.”
Vendas de álbuns estão caindo por todos os lados, claro, mas o “PRISM” está prestes a receber uma incentivo extra no Super Bowl. Ano passado, o Unorthodox Jukebox do Bruno Mars teve um aumento das vendas de 92%.
E estritamente sob um ponto de vista monetário, a turnê atual de Perry é massiva e obviamente superando a sua última. De acordo com a Billboard Boxscore, 105 datas da Prismatic Tour arrecadaram 146 milhões de dólares, com mais de 1.3 milhões de ingressos vendidos. Compare isso com a California Dreams, 60 milhões de dólares com cerca de 1 milhão de ingressos. Esses milhões de dólares extras de diferença entre as duas turnês mais do que compensam a diferença de vendas dos dois álbuns.
Em meio século, provavelmente não irei cutucar meu neto e dizer “Eu lembro quando o “PRISM” de Katy Perry era o assunto do momento!” “PRISM” não é um lançamento pop que marcará épocas, especialmente quando lembramos as acusações de apropriação cultural, o exagerado vídeo de Birthday e o infeliz remix de This Is How We Do com Riff Raff. Mas esse é o ponto: mesmo um lançamento de Perry cheio de defeitos dominou as conversas, uma vitória confortável. Perry mais uma vez bateu de cara com o sucesso que qualquer outro artista mataria para ter, e quando ela subir no palco do Super Bowl próximo mês, ela terá inúmeras razões para rugir”