A carreira de Taylor Swift resistirá à saturação da regravação de seus álbuns?

Editorial por Matheus Henrique Ribeiro, no Twitter: @mhsr03.

Desde novembro de 2020, Taylor Swift parou a indústria fonográfica ao anunciar a regravação de seus seis primeiros álbuns em estúdios, devido a conflitos internos de negociação na compra da Big Machine Records, sua antiga gravadora.

Os conflitos começaram a acontecer quando Scooter Braun, no qual a intérprete tem muitos desacordos, anunciou a compra da Big Machine, tendo posse então das masters (gravações originais) dos álbuns “Taylor Swift” (2006), “Fearless” (2008), “Speak Now” (2010), “RED” (2012), “1989” (2014) e “reputation” (2017), assim, lucrando com plataformas de streamings, publicidades, marcas, filmes, uso das produções, invalidando Swift de ter autonomia com suas próprias autorias.

O patrimônio de Taylor Swift pela Big Machine é atualmente avaliado em cerca de 300 milhões de dólares, aumentando ainda mais anualmente, de acordo com a variação dos impostos e o valor do dólar no país:

“Eu sei que isso vai diminuir o valor das minhas masters antigas, mas espero que vocês entendam que esta é a única maneira de eu recuperar o senso de orgulho que eu tive quando ouvia as canções dos meus seis primeiros álbuns, e também permitir que meus fãs possam escutar esses álbuns sem o sentimento de culpa por beneficiar Scooter Braun”, declarou.

Após diversas cartas abertas, de ambas as partes, o grande público tomou conhecimento de toda a confusão, onde a maioria, sem sombra de dúvidas, defendeu que a norte-americana deveria ter o controle e autonomia de todas as suas gravações.

Reinventando-se a cada performance, “You Belong With Me” no CMT Music Awards de 2009

Em fevereiro de 2021, a voz de “White Horse” surpreende fãs com o anúncio do lançamento do disco “Fearless“, desta vez, em uma versão regravada, totalmente comandada pela intérprete. A superprodução conta com hits como “Love Story“, “You Belong With Me” e “Fifteen“. O projeto recebeu a maior aclamação do mundo da música, o prêmio de “Álbum do Ano”, no Grammy, em 2010.

Conquistando o maior debute do ano de um álbum em 2021, até aquele momento, a regravação de Swift rendeu a ela nada mais, nada menos que cerca de 291 mil unidades vendidas em sua primeira semana no mercado norte-americano. Empatada com Madonna e superada apenas por Barbra Streisand, a artista agora é a segunda mulher com mais discos a alcançar o topo da parada mais importante dos Estados Unidos.

Tudo parecia estável e promissor na carreira da cantora, mas, semanas após o lançamento, os números começaram a dizer o contrário, talvez pela quantidade de excesso de material disponível da cantora em pouco tempo, se considerarmos os lançamentos seguidos de discos: “folklore“, “evermore” e, então, “Fearless (Taylor’s Version“.

Voltando todos os olhos para ela, Swift anuncia a era “folklore” com “cardigan”, em meio a pandemia COVID-19

Ignorando eras passadas, vamos começar de um ponto mais atual, desde o lançamento do “folklore“, em julho de 2020. “cardigan“, único carro-chefe do disco, estreou direto no topo da Hot 100 e, na segunda semana, oitavo lugar. Já “willow“, do “evermore“, também conquistou #1 em seu debute e, logo após, #38. Não é novidade alguma que Taylor Swift contraria fãs nas escolhas dos singles e até mesmo na divulgação dos mesmos, mas, pelo excesso de material da intérprete no mercado, a falta desses elementos impacta diretamente na estabilidade desses em charts de música.

Outra questão que está diretamente ligada e que prova a tese de uma possível saturação de imagem, é a quantidade de streams que a voz de “Love Story” vem perdendo nas plataformas de música, tendo como base o Spotify. Embora tenha recentemente conquistado a incrível marca de 40 milhões de seguidores no serviço, “Fearless (Taylor’s Version)“, vem cada vez mais perdendo a estabilidade de plays, assim como os exemplos anteriores.

A questão não é exigir estabilidade ou sucesso nas paradas de regravações, faixas antigas que não tem mais o mesmo âmbito de espaço para conquistar seus feitos anteriores, tendo ainda o ponto de vista que não precisam provar mais nada e, sim, imaginar um cenário projetando mais dois ou três anos desse mesmo conteúdo no mercado da cantora.

Repare que há uma grande diferença de concordâncias que, com as decisões da cantora, isso pode impactar positivamente ou negativamente em sua carreira. Fãs comentam em suas redes que “Mr. Perfectly Fine“, das regravações, não foi sucesso porque Taylor Swift não quis divulgar a track devidamente, mas, não seria justamente para não saturar sua imagem?

Ariana Grande é criticada por não ter uma “pausa” em sua carreira, deixando sua imagem cansativa. Agora adicione seis eras seguidas, tendo o mesmo modo para lançamento em todas elas. Isso consumirá não só tempo, mas também poderá afetar diretamente o trabalho da estrela em esfera global.

Taylor Swift tem 31 anos, e não é preciso nem de um parágrafo por completo para explicar os boicotes com artistas femininas que chegam nesta idade nos Estados Unidos. Rádios, programas de TV, premiações musicais, e até mesmo o grande público, simplesmente ignoram seus trabalhos, sem maiores explicações.

O objetivo não é criticar, ou desejar que a intérprete sature devido a quantidade de lançamentos em sequência já projetados para os próximos anos, mas sim propor um debate saudável entre fãs e admiradores: isso nunca aconteceu na história da música. Como Swift será ardil o suficiente para se reinventar sem perder público, ao contrário, cativar ainda mais pessoas com sua história na indústria da música.

Com 41 indicações e 11 vitórias, a intérprete é sinônimo de sucesso e “indústria da música” é seu principal apelido no meio fonográfico. Não há quem se compare em vendas de álbuns e turnês quando o assunto é a voz de “Blank Space“. Acreditamos que, para uma atriz que conseguiu transicionar perfeitamente, sem qualquer erro, de um estilo de música country para pop, ambos cheios de preconceitos e suas dificuldades, regravar seis álbuns e se manter como a n°1 da música não vai ser um papel difícil para Taylor Swift.

Estamos ansiosos para saber o que vocês pensam sobre a Miss Americana e suas regravações! Comentem direto das redes sociais do Portal Famosos Brasil. Esperamos por vocês!

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