Quem vê Taylor Swift ganhando milhões de dólares em turnês de estádios, vendendo mais de 10 milhões de cópias de apenas um único disco em plena era dos streams e a crise nesse formato, além de ser um dos nomes da música pop mais importantes do cenário global nem imagina que o início de sua trajetória como artista musical não veio da noite para o dia.
Geralmente quando falamos de um importante artista musical pop, não é difícil de pensar erroneamente que ele seguiu sua trajetória tendo sucesso em apenas um estilo musical específico como esse. No caso de Taylor Swift, foram dois.
Podemos definir a carreira dela até o momento em duas fases: a primeira, country, com raízes em Nashville, considerada a capital americana do estilo, e a pop mainstream que começou a se desenvolver a partir do experimento da cantora e sua gravadora em “RED” (2012), um disco que mescla canções pop e country propositalmente criado para analisar como seria a reação do público atual e a captação de novos fãs em uma Taylor Swift mais popstar, digamos assim.
A primeira fase foi muito importante para que ela pudesse migrar muito bem entre os dois gêneros. Foi através do country que Taylor é o que é hoje desde “Tim McGraw”, o nome do seu primeiro single pensado estrategicamente para fazer a cantora ser bem-recebida pelo gênero ainda em 2006 (o que deu certo por ser o nome de uma artista country conhecido) até os mega sucessos “You Belong With Me” e “Love Story”.
As duas últimas músicas citadas são do “Fearless”, álbum lançado por ela em 11 de novembro de 2008. Este é o seu material mais popular no sentido do frescor de sua carreira para a música americana. De aspirante ao country, Swift encontrou primeiro seu lugar ao lado dos artistas “caipiras” e os instrumentos de corda, tais como banjo, guitarra acústica, dobro e violino, característicos do country com menos de 20 anos.
Assim como Britney Spears foi considerada a Miss American Dream da música pop, Taylor se tornou aos poucos de 2006 até 2009 e adiante a superestrela American Dream do Country.
O “Fearless”, que na tradução literal portuguesa significa “destemido”, “sem medo”, reflete bem essa fase da carreira da cantora depois de inúmeras apresentações intimistas em eventos esportivos locais dos EUA, shows privados, eventos e outros programas de variedades específicos.
Foi a hora de florescer e mostrar para que veio, além de mudanças importantes como gravadora, grandes performances, premiações e influência global.
Aí vai 10 curiosidades sobre o material:
Sucesso nos charts em 2008
A era “destemida” de Taylor Swift realmente vingou nas paradas, obviamente.
“Fearless” atingiu o topo da parada de discos mais importantes dos Estados Unidos, a Billboard 200, com 590 mil cópias vendidas, nessa época sem streamings, claro. Foi a melhor estreia feminina na parada de 2008. No total, são mais de 10 milhões de unidades vendidas em todo o planeta.
É o disco mais premiado da música country
Sim. Originalmente dominado por homens e com destaques femininos, digamos, mais adultos como Shania Twain nos anos 90, Taylor Swift conseguiu com o “Fearless” vários prêmios importantes incluindo 4 grammys e o prêmio mais importante da edição: “Álbum do Ano” de 2010.
Fora o Grammy, o material tem prêmios relevantes de country como 4 ACM’s da Academia de música Country, 2 AMA’s (American Music Awards), 1 Billboard Touring Awards, 1 Juno Awards, 5 Teen Choice Awards, 2 VMA’s e por aí vai…
A Mais Jovem
Como revelação feminina da música country, Taylor provou do sucesso muito cedo. Tanto que no Grammy foi a artista mais jovem da história a receber o prêmio de “Álbum do Ano” em 2010 com apenas 20 anos.
Grande compositora
Em entrevista para a TIME, Taylor revelou que escreveu “Love Story” em menos de 20 minutos, no chão do seu quarto. A música lançada como o primeiro single do disco tornou-se a faixa country com mais downloads legais da história, com mais de 3 milhões de cópias, lógico, apenas em vendas puras.
Primeiro e bem-sucedido passo internacional
“Love Story” também foi o primeiro passo internacional de Taylor, e óbvio, bem-sucedido. A música vendeu mais de 9 milhões de cópias em todo o planeta. Only Us que falam? Não mesmo!
Uma santa
Com o sucesso, as responsabilidades de agradar um dos públicos mais conservadores dos EUA. Para a Rolling Stone em 2009, no auge do seu início de sua hegemonia, ela revelou para a revista que nunca tinha bebido, nem fumado um cigarro sequer. Sabe o mito do anel de castidade dos Jonas Brothers? Então, era algo parecido.
Detalhe que a entrevista foi uma espécie de código de conduta “puritano” e na capa ela era nomeada como a “Boa Menina que revela seus segredos”. Os motivos do não uso de drogas lícitas ou ilícitas, segundo ela, eram falta de interesse… nos dias de hoje, Taylor segue reservada quanto a seus divertimentos. Cigarro, drogas ou bebida são coisas que nunca vimos ela usar por aí, pelo menos na frente das câmeras.
Mais do que letras para namorados
Sabe aquela fama que a Taylor Swift tem de que transforma todos os seus relacionamentos em letras? Bem, no Fearless não foi diferente, porém, sua inspiração não se resume a isso. E mais do que apenas namorados, ela também dedicou várias faixas aos amigos e familiares, além de momentos.
“Fifteen” foi sua amiga de infância Abigail. Aos 15 anos, Taylor afirmou que a inspiração veio do colegial, ao lado de Abigail tendo experiência de paixão com os primeiros garotos, mudanças em sua vida etc. Elas continuam amiguíssimas até hoje.
Já “Change” foi inspirada na sua entrada na Big Machine Records, gravadora que se tornou gigante por conta de sua contratação.
Mudando o mundo dos negócios
Como foi falado acima, a ‘Big Machine Records” era uma gravadora pequena até Taylor Swift explodir. No início, ela foi apenas usada para artistas country mas com o super sucesso do “Fearless” em 2009, Swift tornou-se a prioridade, óbvio. Tanto que no “1989” (seu primeiro álbum completamente pop), eles adicionaram o gênero no catálogo e se prepararam para o lançamento e não perder a contratada.
Várias gravadoras desejam Taylor por conta de seu sucesso, e óbvio, a Big Machine tenta proteger a oportunidade a todo custo.
Pequeno (GRANDE) Incidente
Ao receber o prêmio de “Melhor Clipe Feminino” por “You Belong With Me”, Taylor Swift foi interrompida por Kanye West que subiu ao palco para dar sua opinião sobre o resultado: ela achava que Beyoncé deveria ganhar e não Taylor. A cantora ficou paralisada e chocada. Como “boa moça”, Taylor nunca tinha passado por isso. Mesmo pedindo desculpas depois, o fato mudou a vida de Swift para sempre e o encontro deles dois rendeu ainda polêmicas recentes + músicas ácidas do álbum “reputation”.
Em Nashville, a cantora tem um quadro com a foto do momento em que Kanye a interrompe com a frase: “a vida é cheia de pequenas interrupções”. Inspirada, né?
Inspirações do country no álbum
Com a mudança para o pop, muitos pensam que Taylor não gostava de cantar country, o que não é verdade. Em entrevista para Rolling Stone em 2008, a cantora afirmou que Faith Hill, Dixie Chicks e Shania Twain a inspiraram no trabalho e no seu álbum de estreia homônimo de 2006, como os principais motivos no qual resolveu investir no segmento junto do apoio de sua família.
E aí, quais as curiosidades que vocês não sabiam? E qual já sabiam? Conta pra gente e vamos ouvir esse álbum lindo!