Verídico ou não? “Hollywood” estreia na Netflix e confunde público; entenda tudo

Em setembro de 2019, Ryan Murphy, um dos produtores mais aclamados da TV americana, anunciou que estava trabalhando em novos projetos com a Netflix, prometendo então, novos lançamentos para o ano seguinte.

Agora, em 2020 e dando início ao prometido, no dia (01) desse mês, Murphy lançou na plataforma de streamning a minissérie de 7 episódios, “Hollywoood”.

O drama é uma forma de homenagear grandes nomes da “velha Hollywood”. Se passando ainda quando era escrito nas montanhas de Los Angeles, a palavra “Hollywoodland”. A série trata de diversos assuntos polêmicos, entre eles: machismo, racismo e a homofobia, vigente na era de ouro do cinema.

A série “Hollywood”, conta a história de seis jovens ambiciosos, que se mudam para Los Angeles após a Segunda Guerra Mundial em busca de realizar seus sonhos.

Os personagens principais enfrentam uma série de desafios, Archie Coleman (Jeremy Pope), é um roteirista que sempre tem seus trabalhos reprovados por ser negro, o jovem diretor Raymond Ansley (Darren Criss), que finalmente consegue um longa para dirigir, e a atriz negra Camille Washington (Laura Harrier), que sonha com papeis que não sejam de empregadas, esses são alguns pontos chaves abordados.

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Muitas pessoas se questionam sobre a veracidade dos fatos, e sim! A série é baseada em fatos reais. Porém, a maioria do que é mostrado não passa de criações imaginarias da mente brilhante de Murphy.

ALERTA DE SPOILERS

A seguir, confira algumas curiosidades sobre o que realmente é verdade ou não:

De todos os personagens retratados na série, apenas três são verdadeiros. O ator Rock Hudson, seu empresário abusivo Henry Willson e Hattie McDaniel, que foi a primeira mulher negra a receber um Oscar de atriz coadjuvante.

Hudson (Jake Picking) realmente foi um ator de Holywood, no entanto, sua sexualidade que é bem abordada na série, só foi revelada após sua morte em 1985, devido a complicações da AIDS, doença que estava no ápice.

Wilson (Jim Parsons), foi realmente um caça talentos abusivo, existem declarações de que ele assediava seus clientes na vida real, mas diferente da série, ele teve um fim trágico. Morreu em 1978, abandonado em um asilo de pessoas famosos em Hollywood.

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Hattie McDaniel (Queen Latifah), foi uma atriz e cantora norte-americana, em 1940 se tornou a primeira mulher negra a receber um Óscar de melhor atriz coadjuvante. Ela é lembrada até hoje, por ser primeira negra a ir à premiação como convidada e não como empregada.

O estúdio “Ace Pictures” é fictício, mas obviamente foi inspirado na “Paramount Pictures”, pois o portão onde as pessoas se amontoavam à espera de uma chance como figurantes, é igual o que acontecia na produtora. Além, de alguns filmes mencionados na série serem do catalogo da produtora.

How 'Hollywood' Production Crew Recreated 1940s Landmarks – Variety

Diferente da série, a primeira mulher a controlar um grande estúdio foi Sherry Lansig, que virou chefe da “20th Centry Fox”, mas só em 1980,uase 30 anos após o que é mostrado na série.

O posto de gasolina “Golden Tip”, realmente existiu, porém, na realidade os frentistas se prostituíam para personalidades famosas de Hollywood por mais de 50% do valor cobrado pelo dono do posto.

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A festa privada de George Cukor, onde os famosos de Hollywood podiam viver suas fantasias sexuais sem julgamentos, realmente aconteciam, porém, em dias diferentes. Não após o jantar formal mostrado na série.

A parte triste da série, é sem dúvidas, perceber que o momento mais esperado da é fictício. Diferente do que é mostrado, a primeira mulher negra a ganhar um Óscar de melhor atriz, foi Halle Berry, em 2002, por “A Última Ceia”, e o primeiro escritor negro, a levar a estatueta de roteiro original foi Jordan Peele, apenas em 2018, por “Corra!”.

O prémio mais próximo da realidade, é o de atriz coadjuvante para uma asiática, que aconteceu em 1957 para a japonesa Miyoshi Umeki, por sua atuação no filme “Sayonara”.

The True Story Behind Ryan Murphy's Netflix Series Hollywood | Time

Um dos momentos mais emocionantes da série, é sem dúvida quando a personagem Hattie McDaniel interpretada por Queen Latifah, conta que foi barrada de entrar na entrada do Óscar por ser negra. Tal fato é verídico, mas, por concorrer na cerimônia ela entrou, mas não pode se juntar a mesa com os outros concorrentes.

Do outro lado da telinha, muitos foram as lagrimas com o discurso do roteirista Archie Colemmann, ao dedicar sua vitória ao namorado Rock Hudson, e acredite, isso nunca aconteceu. Um discurso do Óscar mais próximo disso, foi em 1992, quando a roteirista Debra Chasnoff agradeceu sua parceira, Kim Klausner, ao levar a estatueta de melhor documentário.

Confira o trailer da série e corra para assistir:

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