O novo álbum de Benson Boone, “American Heart”, lançado recentemente, tem gerado um debate acalorado no cenário musical, com uma recepção crítica amplamente negativa, mas um sucesso comercial inegável. A Pitchfork, renomada revista musical, concedeu ao disco uma baixa pontuação de 3.7, descrevendo-o como inautêntico e com composições fracas, e até mesmo criticando a arte da capa. Essa avaliação severa alinha-se a outras análises, como as da NME e Rolling Stone, que também atribuíram notas baixas ao trabalho.
As críticas frequentemente apontam para uma sonoridade genérica e a falta de uma identidade artística distintiva. Publicações como a Sputnikmusic o caracterizaram como um “pop rock inofensivo”, mas sem profundidade, enquanto The Needle Drop criticou momentos vocais “estridentes” e influências “reaquecidas”. Há um consenso entre muitos críticos de que, embora Benson Boone possua uma voz poderosa, ele falha em traduzir isso em um estilo único, resultando em comparações desfavoráveis a artistas como Harry Styles, e sendo categorizado como “música para as massas” ou para um público mais jovem.
No entanto, a recepção do álbum não é unanimemente negativa. Algumas análises, como a de “When The Horn Blows”, elogiam “American Heart” como uma jornada “ousada e sincera”, destacando a potência vocal de Boone e a produção “épica” das faixas. Esses pontos de vista contrastam com as duras críticas, enfatizando o apelo do artista para um público que valoriza a emoção e a energia em sua música, evidenciado pelo sucesso comercial de seus singles e pela venda esgotada de sua turnê.
A polarização em torno de “American Heart” levanta questões sobre o que define o sucesso na indústria musical contemporânea. Enquanto os críticos se concentram na originalidade e na profundidade artística, o público parece ser atraído pela capacidade de Boone de criar canções cativantes e emotivas, que ressoam com uma ampla base de fãs. Essa dicotomia ressalta a tensão entre o reconhecimento crítico e o apelo popular, e Benson Boone, com seu novo trabalho, está no centro dessa discussão.