Nesta terça-feira, 25, Ana Clara concedeu entrevista ao podcast, ‘Quem Pode, Pod’, apresentado por Giovanna Ewbank e Fernanda Paes Leme.
Dentre diversos assuntos discutidos pelas três, como o seu novo reality show para o Multishow, ‘Túnel do Amor’, a apresentadora refletiu sobre sua carreira e revelou bastidores de seu trabalho na Rede Globo, frisando como fica chocada com o cuidado excessivo que os profissionais estão acostumados a ter:
“Todos os trabalhos que eu faço… Todos, sem exceção, eu fico absurdamente chocada com o comportamento da equipe por trás das câmeras. Porque as pessoas tratam, a mim por exemplo, com uma quantidade de “dedos” que eu fico assim: ‘Gente, com quem essas pessoas estão trabalhando? Quem é o monstro que tá’ trabalhando com essas pessoas’. Porque [é] tipo assim, ‘Quer uma cadeira? Ai meu deus, você tá’ em pé.’ Eu não quero uma cadeira! […] Sabe, ‘Quer que eu segure sua bolsa?’ Não! Não quero, eu seguro minha bolsa. Eu consigo carregar minhas coisas.”, detalhou.
A apresentadora aproveitou para frisar que essas pessoas têm outras funções e que não estão ali para esse tipo de trabalho: “Não é um chofer, não é uma babá, sabe? É minha produtora, é o segurança, é alguém que tá trabalhando junto comigo, mas as pessoas trabalham com gente que é exatamente isso: ‘Cadê meu camarim?’, ‘Passa meu gloss’, ‘Cadê meu café?’”, criticou Ana Clara.
Fernanda Paes Leme aproveitou a oportunidade para comentar a respeito da diferença de tratamento entre os artistas da Casa, por conta de sua experiência em produções Globo, e os apresentadores do entretenimento, apontando que a função é tratada de forma mais “glamurosa” pelos profissionais.
Concordando, Ana Clara frisou que, no seu caso, pelo fato de seu trabalho envolver fazer reportagens em campo, não há o glamour que as pessoas imaginam, afirmando que os anos de carreira são importantes para galgar lugares mais prestigiados na Casa, citando Fátima Bernardes e Ana Maria Braga.
Durante o podcast, Ewbank apontou que a apresentadora é um exemplo de caso pós-BBB, que se sobressaiu como uma aposta de Boninho, diretor do Big Brother Brasil e chefe do núcleo de variedades da Globo. “Você é a menina dos olhos dele”, descreveu a apresentadora.
“Cara, eu acho, na boa, sendo muito honesta, sem arrogância nenhuma, eu acho que ele viu o potencial que eu tinha, realmente, pra dar e que eu dei. Entendeu? E a disponibilidade que eu tinha de, tudo que o que ele me colocava, [de] eu estar ali e não dar trabalho.”, contou Ana Clara.
Ela revelou, porém, que sua confiança no próprio trabalho não foi sempre assim. Ana contou que, antes de 2021, quando percebeu que, realmente, se destacava no meio após três anos de trabalhos, havia intervalos entre as obras para as quais era contratada, que a deixavam ansiosa por conta da insegurança: “Me angustiava muito no início”.
Fernanda Paes Leme também pontuou como a apresentadora é conhecida por manter uma vida pessoal muito discreta, no que a mesma concordou que valoriza, realmente, a própria privacidade, pois prefere ser conhecida pelo trabalho:
“Eu gosto muito do meu trabalho e eu não gosto de ser conhecida por algo que não seja isso. […] A nossa vida pessoal, ela é independente do que a gente faz no nosso trabalho, entendeu? Porque, a grande questão que não entra na minha cabeça, que é o grande problema, que é aí que encaixa essa coisa de não gostar de expor a minha vida é o seguinte: a glamourização da nossa profissão. Do apresentador, da atriz, do atleta, da pessoa que trabalha… Que tem o rosto exposto.”, apontou.
Ana Clara continua, explicando: “Cara, o meu trabalho de nada difere do câmara que tá’ me gravando. Eu sou uma pessoa que… É empregada num lugar, que eu tenho que cumprir minha carga horária, eu vou receber meu salário direitinho, eu tenho meus benefícios e meus deveres, minhas coisas que eu tenho que fazer, ponto. Só que a minha cara aparece nos lugares. […] Então, se as pessoas não estão loucas pra saber da vida do Pedro, com quem o Pedro namora, qual é o carro que o Pedro tem, qual é a bolsa que ele comprou, porque que tem que saber de mim só porque minha cara tá’ na tela?”, refletiu.
Ainda, Ana apontou que não conseguiria crescer em uma carreira como ‘digital influencer’, como muitos “brothers” e “sisters” atualmente fazem após a passagem pelo BBB, onde a exigência para expor o dia-a-dia é muito maior por conta de seu perfil: “É muito distante da minha personalidade”, declarou.
A nova apresentadora do ‘Túnel do Amor’, também, foi questionada se precisou enfrentar algum tipo de “resistência” dentro da Globo, como outros ex-BBBs já relataram ter acontecido – caso de Grazi Massafera no núcleo de atuação.
Ana Clara afirmou que, apesar de ter sido “muito bem recebida” na Casa, tiveram alguns episódios pontuais que foram desagradáveis: “Tem pessoas que são um nojo, mas aí elas são um nojo porque elas são um nojo com todo mundo”, comentou, sem papas na língua, frisando que nunca se tratou de nada significativo e relembrando uma ocasião inusitada:
“Eu só lembro de uma vez que teve um ator que foi fazer um programa com a gente e foi muito engraçado. Porque as pessoas, às vezes, falam até sem maldade, né? Mas ele falou assim… Acabou o programa né? […] Aí ele chegou pra mim e falou assim, ‘Ai, eu adoro você, sabia? Eu assisti muito seu BBB, mas não conta pra ninguém que eu vejo essa porcaria, que eu não quero que ninguém saiba’”, contou.
Confira o episódio completo:
