New York Times elege “Cidade de Deus” como um dos 100 melhores filmes do século XXI

O aclamado filme brasileiro “Cidade de Deus”, lançado em 2002 e dirigido por Fernando Meirelles e Kátia Lund, reafirmou seu lugar de destaque na história do cinema global. Em uma lista divulgada recentemente pelo renomado jornal The New York Times, a produção conquistou a 15ª posição entre os 100 melhores filmes do século XXI. Este reconhecimento é particularmente significativo, pois “Cidade de Deus” é a única obra brasileira a figurar nesta seleta relação, que busca eleger os títulos mais impactantes desde o ano 2000.

A criteriosa seleção do New York Times não foi feita de forma isolada; o jornal consultou mais de 500 profissionais da indústria cinematográfica, incluindo diretores, atores e especialistas de Hollywood e de diversas partes do mundo. A metodologia sublinha a relevância e o consenso crítico em torno das escolhas. Desde sua estreia, “Cidade de Deus”, baseado no romance homônimo de Paulo Lins, tem sido consistentemente elogiado por sua narrativa visceral sobre o crime organizado em uma favela carioca, sua estética inovadora e seu realismo cru, marcando um ponto de virada no cinema nacional e internacional.

Grandes nomes do cinema já expressaram sua admiração pela obra. O ator Chiwetel Ejiofor, conhecido por seus papéis em “12 Anos de Escravidão” e “Doutor Estranho”, elogiou a capacidade imersiva do filme, descrevendo-o como uma experiência que permite ao espectador “sentir o calor, sentir o suor nas costas, sentir a pressão, sentir as ruas”. O comediante Patton Oswalt também destacou uma cena específica de dança improvisada ao som de “Kung Fu Fighting”, qualificando-a como “extraordinária” pela forma como equilibra excitação, tragédia e tensão. No topo da lista do New York Times, a produção sul-coreana “Parasita” (2019) ocupa o primeiro lugar.

Além desta recente distinção pelo New York Times, “Cidade de Deus” possui um histórico robusto de reconhecimento internacional. Em 2004, o filme recebeu quatro indicações ao Oscar, incluindo Melhor Diretor para Fernando Meirelles, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Edição e Melhor Fotografia, uma conquista notável para uma produção brasileira. Ao longo dos anos, também foi agraciado com prêmios de instituições como o New York Film Critics Circle e o BAFTA, consolidando seu legado como um marco cinematográfico que continua a ressoar globalmente.

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