O funkeiro MC Poze do Rodo, cujo nome verdadeiro é Marlon Brandon Coelho Couto Silva, foi preso temporariamente na manhã desta quinta-feira (29) em seu condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A detenção, realizada por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), faz parte de uma investigação que apura sua suposta ligação com o Comando Vermelho (CV) e acusações de apologia ao crime. A ação policial também resultou na apreensão de bens do artista, incluindo seu carro e joias, que serão investigados quanto à origem.
As investigações da Polícia Civil apontam que o cantor realiza shows exclusivamente em áreas dominadas pelo Comando Vermelho, onde traficantes armados com fuzis garantiriam a segurança dos eventos. Segundo as autoridades, essas apresentações não só funcionam como vitrine para a facção, mas também seriam utilizadas para aumentar os lucros com a venda de entorpecentes, revertendo os recursos para a aquisição de mais drogas, armas e equipamentos para o crime organizado. As letras de suas músicas também estão sob escrutínio, sendo acusadas de glorificar o porte de armas ilegais, exaltar o estilo de vida do tráfico e incitar confrontos entre facções rivais.
A trajetória de MC Poze tem sido marcada por polêmicas e problemas com a justiça. Em 2019, ele foi preso durante um show no Mato Grosso, acusado de tráfico de drogas, associação ao tráfico, incitação e apologia ao crime. Em 2020, chegou a ser considerado foragido. Mais recentemente, em novembro do ano passado (2024), Poze foi alvo da Operação “Rifa Limpa”, que investigava sorteios ilegais e resultou na apreensão de seus bens, incluindo joias e veículos de luxo. A polícia agora busca comprovar a origem do dinheiro utilizado na aquisição dessas peças, especialmente as joias que, segundo a corporação, fazem alusão a facções criminosas.
Com mais de 15 milhões de seguidores nas redes sociais e apresentações de destaque, como no Rock in Rio, MC Poze do Rodo é um dos nomes mais conhecidos do funk carioca.
