Lexa é destaque em mídia internacional e fala sobre a desigualdade de gênero: “As mulheres têm trabalhado duas vezes mais duro”

Que Lexa é uma das artistas mais promissoras do Brasil é um fato, tanto que os números, a influência e as colaborações da cantora provam isso, seus mais de meio bilhão de reproduções apenas no Spotify podem corroborar nossa informação.

A cantora foi destaque no site americano Vanity Teen, revista online especializada em jovens talentos do mundo todo e convidou Lexa para falar sobre sua música no Brasil A intérprete de “Taradinha” entrou no debate sobre a igualdade de gênero e o papel da mulher na música urbana e na cultura popular brasileira.

Perguntada pela revista o por que de Lexa carregar a bandeira do feminismo e da igualdade de gênero, a artista respondeu:

“Infelizmente, nossa sociedade ainda é muito sexista. Meninas e mulheres ainda sofrem em seu círculo familiar, em sua família e até mesmo com seus próprios amigos. Os salários entre homens e mulheres claramente não são iguais, as mulheres são assediadas todos os dias nas ruas e suas vozes não são ouvidas. No mundo artístico, ainda somos tratadas como objetos e que nós somos boas apenas por causa do nosso corpo. Por esse e outros motivos, digo que, para uma mulher ter tanto crédito quanto um homem, ela tem que trabalhar o dobro.”, comentou Lexa.

Lexa comentou também sobre a questão dos ritmos urbanos como o funk, serem tratados como gêneros menores e consequentemente, criminalizados. A cantora deixou bem claro que não faz questão de ter em seus espetáculos pessoas que não respeitam o gênero.

“A música popular de rua e a arte, principalmente as das favelas, nunca foram bem recebidas pelas classes altas. São eles que sempre tentaram decidir o que é arte e o que não é. Mas quando veem gente pobre, gente da favela tendo sucesso com a própria arte, eles começam a tremer na base. Do preconceito que o funk e o rap sofrem hoje, o samba já sofreu lá nos anos 50.”

O funk está sendo reconhecido internacionalmente; o mundo está se abrindo para o funk. A arte de rua, a arte urbana e popular são motivo de orgulho. Tenho orgulho da minha arte e da minha música.

Tudo o que conquistei foi feito de forma honesta e com muito amor. Então, acho que essas pessoas estão perdendo o aproveitamento, a exploração de uma das melhores coisas que o Brasil pode oferecer. Quem quiser romper com essa forma de pensar, será muito bem-vindo aos espaços de música urbana. E os que ainda resistem ao funk, não os quero nos meus shows.”

A entrevista completa com a cantora pode ser conferida no site da Vanity Teen.

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