Lady Gaga é capa da edição de setembro da revista Billboard e concedeu uma entrevista onde revelou vários detalhes de sua carreira e vida pessoal, como os problemas psicológicos que enfrentou antes da era “Chromatica” e o clipe de “911”, que já está gravado.

- The Town completa o line-up do palco Skyline nos dias 12 e 13 de setembro, e do palco The One no dia 12; confira
- Se tem versão forró, é hit! Solange compartilha trecho de “Abre Essa Porta”, versão brasileira de “Abracadabra”
- Billie Eilish revela bastidores da capa de “HIT ME HARD AND SOFT” em aniversário do álbum; confira
- Mais um hit em francês? Anitta deverá lançar uma nova colaboração internacional; entenda
- Brasil sonha com mais um Oscar: “O Agente Secreto” cativa em Cannes e recebe elogios da crítica internacional
A artista revelou que o clipe de “911”, seu possível terceiro single, foi gravado em agosto e que foi um dos melhores momentos durante toda a produção do álbum, onde se sentiu mais viva. Gaga comentou que a música é sobre “quando seu cérebro e seu corpo se sentem em guerra um com o outro” e que para gravar o vídeo, precisou voltar ao momento difícil (descrito por ela como “buraco negro“) em que estava quando a compôs.
“Para mim, liberdade é quando posso ir até a parte mais escura do meu coração, visitar coisas que são difíceis e depois deixá-las para trás. Entregue-os ao mundo e transforme toda a dor em uma poça de ouro.” – comentou Lady Gaga

A Mother Monsters também falou sobre um momento muito difícil logo após o final da Joanne World Tour. Segundo ela, se sentia deprimida todos os dias ao se lembrar que era Lady Gaga. “Eu estava descascando todas as camadas da cebola na terapia. Então, à medida que você vai mais fundo, você se aproxima do núcleo e o núcleo da cebola cheira mal“, explicou a cantora.
O produtor BloodPop e seu empresário, Bobby Campbell, foram alguns dos grandes responsáveis por ajudá-la nesse processo. Sabendo que Gaga ficava feliz quando se sentia criativa, Bobby chamou o produtor e começaram a tentar fazer novas músicas. Demorou para a artista ir ao estúdio, mas segundo a revista, assim que ela desceu as escadas [para o estúdio] o material veio muito rápido.

Lady Gaga até revelou uma curiosidade sobre a letra de “Rain On Me”. Em parte do refrão (“prefiro estar seca, mas pelo menos estou viva“), a cantora relata seu problema com o álcool, que virou seu refugio durante o período obscuro de sua vida.
Tudo foi se resolvendo e aos poucos a popstar achou seu caminho de volta. “Se houver um brilho dentro de você, celebre. Quando você encontrar outro, comemore. Mais um? Ligue para um amigo: ‘Eu fiz isso hoje. Estou ganhando.’“, comentou a artista.

As coisas pareciam boas novamente e de repente veio a pandemia da COVID-19, o que fez a equipe de Gaga mudar todos seus planos. Estava nos planos de Lady Gaga uma grande apresentação das faixas em maio, mas tudo teve que ser cancelado. Como Campbell comentou, “um álbum como ‘Chromatica’ [não] vai ser promovido por ela sentada atrás de um piano com Zoom em sua casa”. A única apresentação que já estava fechada, que seria em um show de drag queens drive-in, aparecendo de surpresa para performar “Rain On Me”, precisou ser cancelada por conta de uma aglomeração no show do duo The Chainsmokers.
Os planos de Gaga tiveram que mudar mais uma vez quando começaram a onda de protestos contra a morte de George Floyd, vítima da brutalidade policial. De acordo com ela, não fazia sentido festejar durante esse período, então adiou a divulgação do álbum e se dedicou aos protestos, usando sua voz para ajudar as pessoas.

Para finalizar, Lady Gaga avisa que ainda não está planejando a Chromatica Ball Tour, mas que assim que o mundo começar a voltar ao normal, ela voltará aos palcos, com uma turnê feita sob medida.