Katy Perry fala sobre política, música, Grammy, Beyoncé, Madonna e mais em entrevista à Vogue

Katy Perry estampa a capa da edição de maio da Vogue. Já é a segunda vez que a cantora é o destaque da versão americana da revista, a primeira última vez foi no ano de 2013. A edição foi publicada nesta quinta-feira (13), trazendo um novo ensaio fotográfico bastante exótico da cantora.

Nesta edição, temos também uma entrevista bastante interessante, onde Katy fala sobre música, o pop proposital de “Chained to the Rhythm“, política, sobre moda, suas influências, relembrou sua infância e entre outros assuntos.

Ao ser perguntada sobre a última eleição dos Estados Unidos, a cantora disse.

“Fiquei bem desencorajada por um momento. Trouxe de volta diversos traumas. Misoginia e sexismo estavam presentes em minha infância. Tenho um problema com homens supressivos e não ser vista como igual. Me senti como uma criança novamente enfrentando um cara assustador, controlador. Realmente não iria desvenda-lo em minha vida profissional porque eu tive isso demais na minha pessoal. Mas é um despertar necessário porque estávamos em uma falsa utopia. Não podemos nunca estagnar outra vez. Sou grata que os jovens sabem o nome dos senadores. Acho que as garotas adolescentes vão salvar este mundo! Elas tem uma voz muito forte – e alta”, comentou. declarou.

E ela ainda falou mais.

“Acho que você não tem que sair gritando”,comentou. “Mas você tem que apoiar algo. Se você não está apoiando algo você apenas está servindo a si mesmo, ponto, fim da história”

Katy também disse que não consegue mais fazer apenas coisas fofinhas e coloridas como antigamente.

California Gurls” e outras coisas fofas seriam completamente inautênticas com quem eu sou agora e com o que eu aprendi. Acredito que precisamos de pequenos escapismos, mas acho que isso não pode ser tudo. Se você tem uma voz, tem a responsabilidade de usá-la agora, mais do que nunca”, declarou. “Eu não curo o câncer ou nada, mas eu sei que posso levar luz, alegria e felicidade em pequenas partes de três minutos e meio. Isso faz algo. Isso eleva o espírito”.

Quem viu o lançamento de seu último single Chained to the Rhythm“, notou a mudança da cantora, diferente do que fazia antes. Após apoiar a candidatura de Hillary Clinton na última eleição americana, resolveu usar sua música para falar sobre o assunto. Em entrevista, ela explica o porquê desta mudança.

“Eu costumava ser a rainha de insinuações, tudo era feito com uma piscadela. Agora eu quero ser a rainha do subtexto – que é um primo de insinuações, mas com mais propósito“

Katheryn foi questionada sobre temas como o Grammy, personalidades como Adele, Madonna, CherBeyoncé.

Grammy: “Nós, como cultura, precisamos ser inclusivos e diversos, e creio que isso ainda não é representado no Grammy”.

Adele: “Eu realmente aprecio as pessoas que não caem no buraco do coelho e têm uma noção sobre o que é real”.

Madonna: “Ela fez a arte da evolução tão bem”.

Cher: “Eu amo a franqueza dela – ela tem se colocado mais para as mulheres recentemente, e eu adoro isso”.

Beyoncé: “Nosso Michael Jackson de hoje, ela mostra que está tudo bem em ser forte e vulnerável ao mesmo tempo – e que a vulnerabilidade não é uma fraqueza, é na verdade uma força“.

Filha de pastores, Katheryn Hudson relembrou parte de sua infância, a época da escola e disse que desde muito pequena fazia perguntas sobre muitas coisas.

“As escolas eram realmente improvisadas. A educação não era a prioridade. Minha educação foi começar quando eu tinha 20 anos e ainda há muito o que aprender. Eu não era permitida, por exemplo, a interagir com gays. Mas eu saí do ventre fazendo perguntas, curiosa desde o primeiro dia, e sou realmente grata por isso: minha curiosidade me levou até aqui“.

Aos seus 32 anos, Katy diz estar melhor do nunca esteve antes.

“É um lugar agradável para se estar. Eu amo isso! Eu não daria nada para voltar aos meus 20. Estou muito mais aterrada. E eu aprendi muitas lições – paciência, a arte de dizer não, que tudo não tem de terminar em casamento. Que sua educação pode começar agora”. A terapia ajudou muito, reconhece: “Isso mudou minha vida. Quando estou na sala, sou apenas Katheryn Hudson, o que é incrível, porque as pessoas na minha posição costumam ouvir muito ‘sim’, e isso as mata ou as torna completamente desconectadas da realidade – e eu não quero isso”.

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