A polêmica envolvendo Klara Castanho e Antonia Fontenelle ganhou mais um capítulo essa semana, após a Justiça do Rio de Janeiro negar o pedido da atriz para retirar o vídeo feito pela youtuber do ar. O material em questão foi um dos responsáveis por expor o abuso sofrido por Castanho e sua gravidez indesejada.
De acordo com o jornal O Globo, a juíza Flávia Viveiro de Castro, da Segunda Vara Cível da Barra da Tijuca, retirou o segredo de justiça do caso e negou a liminar de Klara. A juíza afirmou que Fontenelle não revelou o nome da atriz em nenhum momento do vídeo, então não tem necessidade de manter o processo em segredo de justiça. Em outro trecho da decisão, ela comenta que seria configurado censura caso mandasse retirar o material do ar.
Confira um trecho da decisão:
“Os fatos relatados neste processo são de conhecimento público. Inclusive no que diz respeito às declarações publicadas pela ré, que, pelo que se viu no YouTube para poder decidir a tutela antecipada, no primeiro momento não revelou o nome da autora em suas críticas; Desta forma, não se justifica o segredo de justiça. Trata-se de pretensão que objetiva responsabilizar a ré por suas declarações e postagens. Os fatos, os comentários sobre os fatos, as postagens estão todas na rede social. Não se pode censurar um discurso, por mais que com ele não concordemos. Isso, entretanto, não livra aquele que publica e emite opinião ofensiva, ou que espalha um discurso de ódio, produzida a prova e provados os fatos, de ser responsabilizado pelo que divulgou”.
Klara Castanho foi vítima de um abuso sexual e acabou engravidando. A atriz decidiu ter o bebê, mas optou por doa-lo após o parto, seguindo todos os tramites legais. Tudo ocorreu em segredo, longe da mídia, mas Antonia Fontenelle, Léo Dias e Matheus Baldi utilizaram seus meios de comunicação para compartilharem a história.
