Grammy 2025: Beyoncé faz história com toque Brasileiro!

Na noite do último domingo (2), Beyoncé não só brilhou—ela reescreveu a história.

Com “Cowboy Carter”, a diva conquistou o tão cobiçado Grammy de Álbum do Ano, se tornando a primeira mulher negra do século 21 a vencer nessa categoria. Lembrando que o feito não se repetia desde 1999, quando Lauryn Hill arrebatou o prêmio com “The Miseducation of Lauryn Hill”.

Desse modo, a Queen B superou outras gigantes do mercado pop atual, como Taylor Swift com o “The Tortured Poets Department”, “Brat”, de Charli XCX, e “Hit Me Hard and Soft”, de Billie Eilish. Além disso, Beyoncé quebrou a barreira que a separava desse reconhecimento, mesmo com suas 99 indicações e 35 vitórias anteriores na premiação.

Como resultado, ao subir no palco, visivelmente emocionada e acompanhada da filha Blue Ivy, ela declarou: “Estou muito honrada. Foram muitos anos de dedicação… Agradeço ao Grammy, aos compositores, colaboradores e produtores por todo o trabalho”. O prêmio foi entregue por bombeiros que atuaram nos incêndios em Los Angeles, adicionando um simbolismo de resiliência e coragem à cerimônia.

Uma noite cheia de altos e baixos 

Mas, não foi só a vitória de Beyoncé que reverberou globalmente. A noite teve seus altos e baixos, com polêmicas como a aparição de Bianca Censori, esposa de Kanye West, em um look… nu, no tapete vermelho, e a apresentação histórica de The Weeknd, que estendeu a bandeira branca à cerimônia.

No entanto, o que realmente teve impacto no público brasileiro foi o episódio envolvendo Milton Nascimento. Apesar da repercussão negativa, o próprio Bituca veio ao público, por meio das redes sociais, para esclarecer a situação. Segundo ele, não houve qualquer tipo de impedimento para sua entrada no evento; porém, ele não foi contemplado com um assento nas mesas principais.

Segundo a produção da cerimônia, apenas artistas “estratégicos para o vídeo” foram posicionados em destaque. Incomodado, Milton optou por deixar o local antes da premiação. Em sinal de protesto, a cantora Esperanza Spalding, que estava concorrendo a um prêmio da noite junto com o cantor brasileiro pelo projeto “Milton + Esperanza”, tirou uma foto segurando um cartaz com a imagem do artista brasileiro e a frase: “Essa lenda deveria estar sentada aqui”.

Foto: reprodução

Mas… o Brasil nunca deixa de estar em Cena 

Apesar da revolta notável que isso gerou, existe uma verdade inegável: a música brasileira é uma fonte gigantesca de riqueza cultural. Não dá para ignorar o quanto nossa sonoridade já atravessou fronteiras e se fez presente em hits internacionais.

Um exemplo disso foi quando o rapper J. Cole que sampleou vocais de Milton Nascimento em “Francisco” na faixa “God’s Gift”, de 2011, acelerando e elevando o tom para criar uma textura hipnótica. Já “Don’t Forget Me” (2007), do rapper Consequence, que contou com a produção de Kanye West, traz um sample de “Catavento”, do primeiro álbum de Bituca lançado em 1967, em uma fusão surpreendente entre o rap e a MPB.

Inclusive, quem levou o funk carioca para o centro das atenções foi Beyoncé. No álbum “Cowboy Carter”, ela sampleou “Aquecimento das Danadas”, do DJ O Mandrake — um ícone do funk carioca. Originalmente lançado com DJ Xaropinho e o grupo Furacão 2000, o clássico dos bailes agora faz parte da estética sonora de um álbum que, sem medo, redefine o country.

Visto que o Grammy é um dos maiores palcos da música internacional, Beyoncé mostrou que, com aquela ajudinha brasileira, pode fazer história! Seja com a força irreverente do funk carioca, seja com a poesia atemporal de Milton Nascimento, o som brasileiro segue atravessando fronteiras e conquistando o mundo.

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