Em entrevista, Diplo fala sobre carreira internacional de Anitta e trabalhos com Pabllo Vittar

Grande produtor e DJ, Diplo já trabalhou com importantes artistas do mainstream e é responsável por vários hits que dominaram as paradas de sucesso por muitos anos nessa década.

E por gostar de trabalhar sempre com artistas de diversos países e nacionalidades, principalmente com o Major Lazer, seu grupo eletrônico, ele encontrou Anitta e Pabllo Vittar, artistas brasileiras que vem ganhando destaque não só o Brasil, mas explodindo a bolha nacional e chegando a outros nichos, seja latinos ou bem mais longe daqui.

Em entrevista ao Jornal O Globo, ele foi questionado sobre a possibilidade de Anitta ser uma grande estrela internacional, já que a cantora vem mantendo como prioridade o projeto e começou a trabalhar sua imagem na gringa com o Check Mate e algumas parcerias com artistas e produtores renomados de fora.

Ele foi sincero ao afirmar que se a carioca quiser realmente dominar o mercado, ela precisa “encarnar” o Brasil, e colocar o nosso país como identidade, pois “os EUA estão saturados de divas pop”. É o que aconteceu, por exemplo, com a explosão do reggaeton nos EUA recentemente, além do sucesso absoluto de “Havana” de Camila Cabello.

O estilo mais latino vem dominando as paradas pela questão de identidade e um som mais fresco em meio ao que veio bombando por lá em anos de Hot 100.

Anitta é, até agora, a maior estrela que emergiu do funk. Você acha que ela pode ser grande no mundo?

Eu sempre digo para mim mesmo que Anitta deve encarnar o Brasil. Os EUA estão saturados de artistas pop, por isso é difícil para os novos nomes se imporem. Mas Anitta tem todo o Brasil por trás dela. O Brasil é seu sabor, e um sabor muito forte. Fico feliz que “Vai malandra” esteja aparecendo. Quando eu vi esse vídeo, senti que ele realmente representava o quão legal ela é e o quanto o Brasil é especial. É um vídeo muito sincero.

Na mesma entrevista, ele contou como foi trabalhar com Pabllo Vittar no álbum de estreia da drag queen, o “Vai Passar Mal” e “Sua Cara”, também com Anitta.

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Você ficou surpreso com o tamanho do sucesso de Pabllo Vittar? Dava para imaginar que ia ser tudo isso quando decidiu trabalhar com ele na faixa “Então vai”?

Nada me surpreendeu. O Brasil é muito avançado em relação à cultura gay, deveria ser um exemplo para o resto do mundo. Quando ouvi pela primeira vez a versão da Pabllo para “Lean On”, fiquei apaixonado e pensei: “Isso é incrível”. Eu estava próximo do DJ Gorky, do Bonde do Rolê, que eu lancei no meu selo, há muitos anos, e confiei em seus instintos. Decidi enviar uma faixa em inglês que pudesse funcionar musicalmente em português. E depois tentamos fazer com que “Sua cara” (faixa de Pabllo com Diplo e Anitta) fosse um grande acontecimento. Acho que conseguimos. Só estou feliz em fazer parte do movimento da Pabllo, ela é incrível. Enquanto os músicos LGBT revolucionaram os subterrâneos e definiram a indústria com uma influência que perdura por pelo menos 50 anos, ainda estou surpreso que nos EUA a única estrela pop gay seja Frank Ocean. No Reino Unido, eles têm 40 anos de grandes sucessos mundiais de artistas gays como Elton John, Freddie Mercury e Sam Smith.

Para ler a entrevista completa, clique aqui. 

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