Dos mais jovens aos mais crescidinhos, uma unanimidade é ter se deixado envolver, em algum momento da vida, pelo “ritmo ragatanga”. Com um sucesso estrondoso, o hit do Rouge marcou uma geração e rendeu uma coreografia replicada até os dias de hoje. Em clima de comemoração e agradecimento, a cantor, compositora e integrante do grupo, Fantine Tho, lançou nessa quarta-feira (17) “Jack Soul Ragatanga” em todos os aplicativos de música, dia em que o grupo celebra 20 anos de história.
Na nova roupagem, “Ragatanga” vem em versão acústica – gravada e distribuída pela Valetes Records, do produtor musical Emil Shayeb –, descontraída e em uma levada inspirada em “Jack Soul Brasileiro”, de Lenine. Em meio aos acordes repletos de gingado, a música se destaca pela beleza das vocalizações de Fantine Tho. “Em qualquer lugar do mundo que estou para fazer música, na feira pra comer pastel ou, até mesmo, yoga em um ashram da Índia pra meditar, sempre chega a hora: ‘toca Ragatanga!’”, comenta a artista que já tem a música como um mantra que leva alegria às pessoas.
A leveza e a espontaneidade da gravação se dão pela forma despretensiosa em que surgiu. “Eu estava gravando no estúdio e, lógico, quando entrou uma galera, a bela hora chegou. Cresci com o violão no colo. Comecei minha carreira com meu irmão fazendo voz e violão. Um dia, fazendo um som, eu me perguntei como seria o ‘Aserehe’ acústico”, relata Fantine. “O groove de Lenine sempre foi uma inspiração e sempre fui fã da ironia da música Jack Soul Brasileiro. ‘Já que subi nesse ringue, o país do swing, é o país da contradição’. Não é que coube nessa mesma levada?! Ragatanga mora nessa mesma casa de ironias para mim”, acrescenta a
cantora que, há 15 anos, mora na Holanda e passou alguns dias no Brasil recentemente.