Nesta semana, Elon Musk voltou a criar polêmica sobre as novas diretrizes do Twitter.
CEO da rede social, o bilionário já havia anunciado que os famosos selos azul, utilizados como verificadores de identidade, especialmente por pessoas “de relevância”, como artistas e políticos, seriam abolidos no formato que se conhecia.
Na época, Musk anunciou que o selo de verificação estaria disponível para todos pelo valor de 8 dólares ao mês, medida que foi, de fato, implementada em Abril deste ano com a remoção da verificação das contas dos não-pagantes.
A intenção, segundo o CEO, era criar um ambiente de mais igualdade entre os usuários e não priorizar somente as contas de grandes nomes. Assim, no último dia 20, o selo, antes utilizado para sinalizar que se tratava de uma conta oficial e para evitar a propagação de desinformação, desapareceu das contas de figuras públicas de alcance mundial, como Beyoncé, Papa Francisco, Lady Gaga, Paul McCartney e Donald Trump – que, no momento, já voltaram a ter o sinal.
Após a mudança, alguns usuários apontaram que não estavam pagando pelo chamado Twitter Blue, mas continuavam com o famigerado selo de autenticidade, como o escritor Stephen King, que se manifestou na própria rede social:
“Minha conta no Twitter diz que eu assinei o Twitter. Eu não assinei. Minha conta no Twitter diz que eu dei um número de telefone. E não dei.” Neste caso, o próprio Elon Musk respondeu o escritor. Em outro tweet, o CEO disse: “de nada, nasmatê”.
Além de Stephen King, o astro do basquete, LeBron James também manteve o selo, por isso, o bilionário respondeu que estava “pagando pessoalmente por alguns”.
Porém, na última semana, usuários da rede social perceberam que o perfil de pessoas famosas, que já faleceram, também seguem com o Twitter Blue, ainda que não possam confirmar a própria identidade por um número de telefone, como é exigido pela rede social. Ao clicar no selo azul é possível ler o aviso: “Esta conta foi verificada porque eles se inscreveram no Twitter Blue e verificaram seu número de telefone”.
Além de nomes como Stan Lee, o criador da Marvel, Chadwick Boseman, Kobe Bryant e Naya Rivera, nomes brasileiros também se sobressaíram, caso de Pelé, Marília Mendonça e Paulo Gustavo, o que enfureceu alguns usuários do Twitter.
Um usuário apontou que o comediante, falecido no início de 2021, entraria para o time de estrelas que jamais pagariam pelo Twitter Blue, que, no momento, custa 42 reais no Brasil.
Outros apontaram que, ainda que tais pessoas tenham falecido, suas contas continuam sendo movimentadas pelas assessorias, caso de Marília Mendonça e Michael Jackson, por exemplo, que seguem com lançamentos musicais póstumos, de forma que a assinatura do plano poderia ter sido feita por suas equipes.
Apesar das possibilidades apresentadas, pelo fato de Musk ter admitido que estava pagando pessoalmente por alguns selos de autenticidade, usuários acreditam que não se tratam de assinaturas autênticas, mas de uma manobra do próprio CEO ludibriar os demais usuários e dar a entender que tais pessoais teriam pago o Twitter Blue.
São exemplos de contas inativas na rede social, com o selo azul de verificação, o perfil de Kobe Bryant, o qual faleceu em 2020, e deixou de ser movimentada em janeiro daquele ano; de Chester Bennington, antigo vocalista do Linkin Park, que não tem a conta utilizada desde 2017, quando também faleceu; assim como o ator, Bob Saget, falecido em 2021.