Nesta sexta-feira, 31, IZA concedeu entrevista à revista Marie Claire, onde, dentre outros assuntos, refletiu sobre a importância de políticas públicas no Brasil e a necessidade de concretizar reais iniciativas sociais, dando efetividade aos discursos bonitos.
À publicação, a cantora frisou que “ir na TV falar um monte de coisas motivacionais é legal”, mas entendeu precisava fazer mais, pois partiu de um cenário familiar e educacional onde recebeu incentivos para alcançar o sucesso, citando o Enem como um exemplo:
“Sei o quanto determinados investimentos fizeram portas se abrirem para mim. Minha mãe foi professora em escolas particulares e sempre fui bolsista […] Tive 100% de bolsa na melhor faculdade de comunicação por causa do Enem. Educação era um problema gravíssimo. Meus amigos bolsistas só estudaram por conta dessas políticas públicas.”
IZA, que está com 32 anos e uma carreira estabilizada no país, foi citada recentemente por artigo do Grammy como uma das estrelas em ascenção do país, ao lado de nomes como Duda Beat, Ludmilla e Liniker, comenta como, atualmente, está em posição de concretizar ações em prol da sociedade.
“Nesse momento da minha vida, que tenho oportunidade de fazer o que é correto, vou fazer. […] O Entra na Roda, não nasceu de uma necessidade política, para fazer o que o governo não faz. São questões complementares.”
A voz de ‘Ginga’ cita o seu projeto social, o Entra na Roda, criado no final de 2022 para incentivar o empreendedorismo negro. Em parceria com o IDBR e com apoio de marcas parceiras da cantora, como Risqué e Devassa, a intenção é fortalecer, fomentar e premiar negócios das áreas de alimentação, beleza, entretenimento, moda e negócios de impacto social.
IZA ressalta que acredita que o governo Lula vai ter sucesso em criar ou retomar projetos públicos, mas ressalta que essa também deve ser uma iniciativa de empresas privadas. “Nós artistas temos muito mais capital do que precisamos.”, afirma, aproveitando para cutucar a própria classe:
“É preciso ir além das mensagens, das hashtags, e efetivamente fazer a diferença na vida de alguém”, finalizou IZA.