Azalia Banks anda dando muitas entrevistas falando sobre discriminação racial, causas sociais nos Estados Unidos e apropriação cultural desde a polêmica de sua declaração sobre Iggy Azalea ainda há alguns meses.
Depois de revelar a ‘Playboy’ que odeia os americanos ‘gordos’ por conta do racismo, a rapper revelou em entrevista a uma publicação francesa o que faria se fosse presidente dos Estados Unidos.
A primeira coisa, seria, colocar na cadeia grandes estrelas pop ‘copiadoras’, que segundo ela, traria mais liberdade criativa para as pessoas jovens.
Além disso, ela também falou sobre causas políticas e de cor, de novo e deixou claro que ainda seria ‘louca como ainda é’:
“As primeiras pessoas que mandaria para a prisão seriam as grandes estrelas do pop que roubam ideias dos outros, todas essas vadias imitadoras. Assim nós teríamos artistas jovens e inovadores. Eu proibiria o programa Maury porque ele usa adolescentes e famílias pobres. Ver esse homem branco prometer ajuda a negros e latinos com necessidades e não cumprir é patético. Eu proibiria a imagem cristã associada à política nos Estados Unidos. Sem mais promessas sobre a bíblia, como o “In God We Trust” (“Em Deus confiamos”, lema nacional dos Estados Unidos). Não quero que todos sejam ateus, eu simplesmente não associaria mais essas imagens cristãs às instituições. A minha religião, como presidente, seria a proteção ao meio-ambiente. Se você quiser apoiar a Deus, você só tem que reciclar. Eu fiquei devastada com um documentário sobre o lixo no oceano pacífico. Deste então, fiquei obcecada com a reciclagem. Eu proibiria os chicletes mas legalizaria a maconha. Haveria um mercado livre para a venda e cultivo. Funciona bem no Colorado, por que não nos outros lugares? Eu pediria ao Paul Mooney para escrever os meus discursos. Ele é um afro-americano que trabalhava no Saturday Night Live com o Dave Chapelle. Ele sempre criticava a sociedade e o racismo com humor apropriado. P. Diddy e Jay Z seriam do departamento de tesouraria. Podemos confiar neles, eles sabem como cuidar de dinheiro. Jesse Williams seria do departamento da educação e da juventude. O estudo de religião nas escolas para os estudantes seria obrigatório, para entender e respeitar a cultura das outras pessoas, e eles aprenderiam ciências ao mesmo tempo. Seria interessante ver a reação deles. Eu atacaria a Coroa Britânica, porque eles criaram o colonialismo e o capitalismo, todas essas coisas que te fazem sentir mal se você não for branco. Eles sucederam mantendo sua influência e poder em grande parte da população, e promoveram um ideal especial do homem branco e do pensamento que “o que é bom para mim, é bom para você”. É simples, eu jogaria uma bomba no Palácio de Buckingham. Todos que usassem aquele chapéu “monstruoso” do Pharrell Williams seriam agredidos. Sempre que alguém usa, parece a cabeça de um pau. Como se o chapéu fosse uma camisinha gigante. Meu retrato oficial seria do meu clipe “212”: eu com o suéter do Mickey dançando na frente daquela parede de tijolos. Eu faria gifs que estariam em todas as cidades, nos painéis de publicidade, outdoors, nos ônibus… Eu continuaria sendo o meu maior inimigo, porque mesmo ciente, eu continuaria acordando às 8h para fumar maconha. Eu continuaria sendo louca.”
Tradução feita pelo fã-site Azealia Banks Brasil.
Muitos, já associaram sua declaração sobre cópias de ‘grandes estrelas pop’ como um ‘flashback’ dela a Lady Gaga em 2013, quando Banks acusou Gaga de copiar o nome da música ‘VENUS’ e também a personagem sereia para o disco ‘ARTPOP’, que no caso, Banks tinha usado para estampar a capa de sua mixtape ‘FANTASEA’.