Com uma reviravolta significativa no cenário musical, Taylor Swift recentemente garantiu a propriedade de suas gravações master para os seus seis primeiros álbuns, um movimento que reacendeu o interesse em seu trabalho inicial. Em um anúncio que repercutiu na indústria, a cantora adquiriu os direitos da empresa de private equity Shamrock Capital, marcando um capítulo decisivo em sua longa batalha pela autonomia artística. A notícia gerou um aumento notável nas plataformas de streaming, com seus álbuns antigos registrando um crescimento substancial no Spotify, liderados por “Speak Now” (2010), que viu um impressionante aumento de 430% em streams, seguido por “Taylor Swift” (2006) com 220%, “Reputation” (2017) com 175%, “Fearless” (2008) com 160%, “Red” (2012) com 150%, e “1989” (2014) com 110%.
Esta aquisição é o culminar de uma disputa de anos que começou em 2019, quando Scooter Braun comprou a Big Machine Records, a antiga gravadora de Swift, e com ela, os direitos de seus primeiros trabalhos. Para os artistas, a propriedade das gravações master é crucial, pois concede controle criativo sobre como sua música é usada e garante uma parte maior dos royalties. Em resposta à venda inicial, Swift embarcou em um ambicioso projeto de regravação, lançando suas “Taylor’s Version” dos álbuns, uma estratégia que não só desvalorizou os originais, mas também reafirmou sua narrativa e controle sobre sua obra. Essas regravações têm se mostrado um sucesso estrondoso, muitas vezes superando o desempenho das versões anteriores.
Embora o valor exato da transição não tenha sido divulgado publicamente por Taylor Swift, relatórios da Billboard sugerem que a cantora desembolsou cerca de US$ 360 milhões, um valor que se alinha com o que Scooter Braun recebeu ao vender o catálogo para a Shamrock Capital em 2020. Anteriormente, especulava-se que a empresa teria oferecido os masters a Swift por cerca de US$ 1 bilhão. Independentemente do montante preciso, esta transação estabelece um precedente poderoso na indústria da música, destacando a crescente importância da autonomia do artista e a possibilidade de reverter negócios de direitos que não atendem aos interesses dos criadores.
A própria Taylor Swift expressou sua imensa alegria e alívio com o resultado, afirmando que “Toda a música que eu já fiz agora pertence a mim”. Até mesmo Scooter Braun, figura central na controvérsia inicial, comentou sobre a aquisição, dizendo estar “feliz por ela”. Este marco não apenas cimenta o legado de Swift como uma artista que lutou incansavelmente por seus direitos, mas também inspira outros músicos a buscar maior controle sobre sua própria arte, remodelando as dinâmicas de poder entre artistas e grandes corporações da indústria fonográfica.