Anitta é uma artista que já está acostumada com comentários sobre os mais diversos assuntos que rodeiam sua carreira.
Porém, na mais recente, em que um vídeo mostrava supostamente ela expulsando um fã do palco ao não saber a coreografia da faixa “BANG”, a carioca resolveu se retratar devido a grande repercussão que isso tomou na internet. Muitos artistas como MC Carol comentaram o que aconteceu, o que esquentou ainda mais a situação.
Fã invade palco de show da Anitta, erra coreografia de “Bang” e decepciona cantora
Em sua página no Facebook ela publicou um grande texto, fazendo referências a eventos passados que lhe deixaram com ‘dor de cabeça’ a respeito do sensacionalismo da mídia e sua real relação com os fãs. Anitta também explicou fatos sobre o acontecimento da semana passada. Para ilustrar seu pensamento de que não pode agradar à todos, ela usou uma charge, contendo uma metáfora.
Confira abaixo:
”Essa imagem diz tudo sobre como a nossa sociedade funciona. É impossível agradar a todos. É o caminho da infelicidade na minha opinião. Talvez por isso eu nunca tenha entrado no erro de tentar. Mas, quando se trata de uma pessoa pública, algumas questões em relação às suas atitudes são potencializadas por vários fatores. Alguém aqui que me segue no snapchat ou no Twitter lembram de quando um jornal publicou uma nota dizendo que eu não convidei a Ludmilla pro meu aniversário e eu postei um print da nossa conversa dias antes onde eu a convidava? Pois bem! Infelizmente não se pode acreditar em tudo que se lê por aí. Esse é apenas um dos vários exemplos. Nem sempre existe responsabilidade no que se publica para verificar o que está sendo passado ao público como informação verídica. Falta pesquisa, falta responsabilidade e falta consciência sobre as conseqüências que se podem causar na vida de quem se fala ou na de quem lê. E assim vai acontecendo não só na “indústria” da fofoca mas na de vários outros setores da informação. Muitas das vezes é possível provar a realidade da coisa, mas essas normalmente não tomam 10% da proporção que a história original (muito mais interessante, por sinal) tomou. Então imaginem vocês que saudável seria ficar batendo provas nas redes sociais todo dia em que uma história nova surge? É.
O que resta é a gente torcer pra que ninguém dê tanta bola pra história da vez.
As vezes a gente não liga. Mas a necessidade de cliques e audiência diante do crescimento da internet tem tornado isso tão frequente que eu resolvi falar sobre.
É impressionante como esses virais transformam a opinião dessas pessoas.
Uma vez li um livro de uma psicóloga que dizia que o ser humano necessita de interação pra viver e por isso busca ser aceito em sociedade. Essa busca muitas vezes faz com que ele tome pra ele pensamentos e opiniões que talvez ele nem tenha, mas que segue para se manter “dentro” grupo. (Isso me lembra o programa “Tentação” do Silvio Santos que você tinha que escolher uma das casas com a resposta certa e ganhava quem escolhia as corretas até o final. Quando alguém não sabia a resposta ia junto da maioria. Algumas vezes perdia todo mundo junto e sobrava 3 ou 4 que optaram por outra resposta.)
Essa semana tenho visto na internet um monte de gente dizendo que eu expulsei um fã do palco. Ou que eu fugi de um fã em outro palco. Uma série de pessoas comentando que eu não falo com meus fãs, que eu tenho nojo de pessoas etc.
Não sei se falta memória pra lembrar das incontáveis matérias com fotos que já saíram por aí dizendo que chamei fãs pra dançar comigo no palco. Se falta me seguir nas redes sociais pra ver, por exemplo, no meu snapchat que no dia desse mesmo show vários fãs foram autorizados pela minha equipe a fazer uma festa de aniversário surpresa pra mim no meu camarim. Se faltam 30 segundos pra entrar nessa mesma página onde dizem que tenho nojo de pessoas pra verem que em todo santo show criamos um novo álbum aqui na fan page com fotos de dezenas e dezenas de fãs que entraram no meu camarim. Camarim esse que você não precisa ser filho de ninguém nem dono de lugar algum pra entrar. Fotos essas com pessoas que simplesmente entraram no meu site e mandaram uma mensagem pedindo pra me conhecer. Se falta mais uma navegadinha mais profunda na internet pra ver o vídeo sem edição em o menino sobe, me abraça me beija, a gente dança e depois eu brinco dizendo que ele não sabe a coreografia. Ou até pra ver no YouTube vídeos meus com multidões de fãs no palco dançando comigo.
Mas é isso, ninguém vai conseguir audiência em seu post falando sobre uma coisa pouca dessas, né?
O fato de eu ter brincado no palco com um fã ou o fato isolado de eu ter evitado um acidente onde eu pudesse cair com um menino que vinha correndo em alta velocidade de uma passarela alta pra caramba é muito mais interessante do que mostrar a frequência com a qual meus fãs e qualquer outro interessado em me conhecer tem acesso a mim.
Deveria eu ter deixado ele no palco fazendo o resto do show inteiro comigo e chamado as outras mais de 3 mil pessoas pra fazerem o show junto com a gente no palco?
Não existe saída, qualquer uma desagradaria a alguém.
Se deixa o menino o show inteiro seria “injusta com os fãs que também adorariam subir”.
Se brinca com o menino “tá errado”.
Se chama mais gente pra dançar “o show é uma bagunça”.
Por essa razão o desenho anexado a esse post diz muito. As pessoas sempre vão ter algo a dizer, não importa o quanto você tente agradá-las.
São raras as vezes que leio comentários negativos na internet pois sempre acho que são vazios de informação. A maioria baseados em comentários dos comentários da distorção da edição de uma situação. Mais raras ainda as vezes em que me chateio com eles, na verdade quase nunca.
Mas não tem como não se entristecer diante de uma situação como essa. Eu, minha equipe, meus fãs que me acompanham, meus amigos e qualquer outra pessoa que conviva comigo sabem o quanto eu trabalho e me dedico para ser grata a todos aqueles que me ajudam a construir minha carreira. Ser distorcida ou mal interpretada tomando uma proporção assim machuca qualquer ser humano.
Mas ok, quem realmente estiver interessado em saber como funciona meu trabalho, minha interação com meus fãs… Pode conferir nas minhas redes sociais ou perguntar aos fã clubes, que são carinhosos, atenciosos e nada burros de apoiar um ídolo que os trate com arrogância.
Antes que os preconceituosos tomem conta do local. Ninguém escreveu esse texto pra mim.
É possível cantar funk e ter estudo, embora muitas vezes eu os veja dizendo o contrário.”